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Congresso da Rede Unida discute Educação Permanente [1]

Programação não incluiu debate sobre formação de técnicos. Pôsteres comentados mostraram experiências com agentes comunitários de saúde.


Aconteceu, entre os dias 15 e 18 de julho, em Curitiba, o VII Congresso Nacional da Rede Unida. Embora o evento seja orientado para discutir principalmente questões relativas à formação em saúde, faltou educação profissional na programação. Nenhuma das mais de 50 oficinas realizadas durante o fim de semana, painéis ou mesas-redondas tratava especificamente desse segmento. Quem quis debater sobre os trabalhadores de nível médio teve que selecionar entre os pôsteres comentados. Lá, o maior foco foram experiências de formação e intervenção social com agentes comunitários de saúde.

Mas as referências sempre existem. Já na abertura oficial do congresso, apresentou as principais políticas de formação do Ministério da Saúde,o Ministro José Agenor Álvares citou o Profae e o projeto, ainda em negociação, que deverá expandir essa formação para outras profissões além da enfermagem — e que está sendo apelidado de Profaps. “Para dar materialidade a essas propostas, temos a Rede de Escolas Técnicas do SUS”, disse.

As ETSUS voltaram a aparecer, de ‘raspão’, na fala do Conass, num painel sobre as experiências de formação das secretarias estaduais de saúde. E estiveram presentes durante todo o evento no stand da RET-SUS.

Mas a presença mais marcante do evento não atendia por nenhum segmento de formação em especial. Mencionada em quase todos os espaços de discussão, a política de educação permanente foi tema principal de um painel, do qual participaram Maria Alice Roschke, da Opas, e Luiz Cecílio, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mas também orientou os debates sobre a 3ª Conferência de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, realizada em março deste ano. As abordagens foram muitas. Alguns afirmavam que a educação permanente é uma política de Estado, aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde e que, portanto, está segura, preservada e atuante. Outros argumentavam que estaria acontecendo um desmonte da estratégia dos pólos de educação permanente. Nos espaços de apresentação de trabalhos, houve quem perguntasse aos outros ‘o que era mesmo que eles entendiam por educação permanente’ — trazendo à tona a velha discussão sobre as diferenças em relação à educação continuada. Também se podia ouvir, tanto nos painéis quanto nos ambientes menores de discussão, debates e relatos de experiência sobre o quanto a educação permanente dá conta da articulação entre a formação no trabalho e a educação formal — técnica, superior e de pós-graduação.

Do mais, teve apresentação da política de atenção básica, discussões sobre o papel do Estado, referências ao Pacto pela Saúde 2006 (principalmente ao Pacto de Gestão) e debates sobre a política educacional do MEC. Isso sem contar um palestrante internacional, Pierre Lévy, sobre inteligência coletiva. Uma cobertura mais detalhada do evento você vai encontrar na edição de julho/agosto da Revista RET-SUS.


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