Declaração de Recife marca o fim do Fórum de Recursos Humanos em Saúde [1]
O 3° Fórum Global de Recursos Humanos em Saúde terminou em Recife, no dia 14/11, com a divulgação de uma declaração política orientada para a renovação de compromissos assumidos pelos países nas duas edições anteriores do evento, realizadas em Kampala, Uganda (2008), e Bangkok, Tailândia (2011).
O 3° Fórum Global de Recursos Humanos em Saúde terminou em Recife, no dia 14/11, com a divulgação de uma declaração política orientada para a renovação de compromissos assumidos pelos países nas duas edições anteriores do evento, realizadas em Kampala, Uganda (2008), e Bangkok, Tailândia (2011). Organizado pela Global Health Workforce Alliance (GHWA), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) que reúne, além de governos, representantes da sociedade civil, agências internacionais, instituições financeiras, pesquisadores e associações profissionais, o evento buscou estabelecer uma plataforma política comum entre os participantes, com vistas a “garantir que mais países avancem com maior velocidade rumo à meta de cobertura universal de saúde e atinjam os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”. Este fórum foi o maior já realizado na área de recursos humanos em saúde, com mais de dois mil participantes de 93 estados-membros da OMS, tendo o Brasil como país sede e parceiro na organização.
A Declaração de Recife [2], como ficou conhecida, será discutida durante a 67ª Assembleia Mundial da Saúde da OMS, que acontecerá em Genebra, na Suíça, em maio de 2014, e a ideia é que vire uma resolução a ser adotada pelos países membros da organização. “As conquistas da Declaração de Recife não devem ser subestimadas”, disse Marie-Paule Kieny, diretora-geral assistente de Sistemas de Saúde e Inovação da OMS, na cerimônia de encerramento. Segundo ela, no documento, os países traçaram ações que poderão transformar e melhorar o cenário para os trabalhadores da saúde, priorizando suas necessidades em um mundo onde eles são cada vez mais demandados.
Na avaliação de Mozart Sales, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, o documento traduz anseios e desejos e expressa um caminho a seguir capaz de superar o desafio de prover profissionais de saúde em número adequado, bem como as desigualdades regionais em todo o mundo e no interior dos países. “A carta é um instrumento que deve nos guiar, estabelece mecanismos de governança regional articulada para construir processos formativos interessantes, com base no intercâmbio de experiências e na busca de evidências”, disse.
Ver também matéria publicada no site da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) [3]