Obesidade no Brasil para de crescer em oito anos [1]
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Obesidade no Brasil para de crescer em oito anos
Levantamento anunciado pelo Ministério da Saúde, em abril deste ano, revela que, pela primeira vez em oito anos consecutivos, o percentual de excesso de peso e de obesidade manteve-se estável no país. A constatação é da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2013, que entrevistou, aproximadamente, 53 mil adultos em todas as capitais e no Distrito Federal. O estudo aponta um percentual de 50,8% de brasileiros acima do peso ideal — destes, 17,5% são obesos —, revelando que a média de crescimento estabilizou em 1,3 % ao ano desde a primeira edição, realizada em 2006, quando o proporção de pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%.
De acordo com a Vigitel 2013, a proporção de obesos entre homens e mulheres é de 17,5%. No entanto, em relação ao excesso de peso, os homens acumulam percentuais mais expressivos: 54,7% contra 47,4% das mulheres. A pesquisa indica, também, que a escolaridade é um forte fator de proteção entre o público feminino, uma vez que o percentual de excesso de peso entre as mulheres com até oito anos de estudo é de 58,3% e com escolaridade de, no mínimo, 12 anos, esse percentual cai para 36,6%. A prevalência de obesidade reduz pela metade entre esses dois grupos de mulheres, atingindo 24,4% e 11,8%, respectivamente.
A pesquisa aponta, ainda, um aumento de 11% em cinco anos no percentual da atividade física no lazer, passando de 30,3%, em 2009, para 33,8% em 2013. Os homens são os mais ativos: 41,2% praticam exercícios em seu tempo livre, enquanto, em 2009, eram 39,7%. Entretanto, o aumento da prática de exercícios entre as mulheres foi maior, passando de 22,2% para 27,4%.
Em oito anos da Vigitel, o consumo recomendado de frutas e hortaliças registrou aumento de 18%. Atualmente, 19,3% dos homens e 27,3% das mulheres comem cinco porções por dia de frutas e hortaliças, quantidade indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2006, os índices eram de 15,8% e 23,7%, respectivamente.