CE: reforço na atenção ao crack e outras drogas [1]
A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado, lançou na última quinta-feira (5), o Centro Regional de Referência para Formação dos Profissionais das Redes de Atenção à Saúde aos Usuários de Crack e Outras Drogas no Ceará. Inicialmente, foram estruturados quatro cursos, que começam neste mês, e a expectativa é capacitar 240 profissionais (especialmente médicos), além de 600 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Fortaleza.
Com experiência em capacitação e especialização em Saúde Mental, a ESP-CE identificou a necessidade de ampliar a formação dos profissionais para o combate ao uso de drogas. Por isso, concorreu, junto à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Saúde (MS), com o projeto para a implantação do Centro. Os cursos são voltados para públicos distintos: médicos da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e dos Núcleos de Assistência à Saúde da Família (120 horas), profissionais dos hospitais gerais, Agentes Comunitários de Saúde, redutores de danos, agentes sociais e profissionais de consultórios de rua e das Redes SUS e SUAS (60 horas). Dos 184 municípios do Ceará foram escolhidos 12 que contam com Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), a fim de conferir maior integração aos serviços já disponíveis.
O lançamento contou com palestra do diretor de Projetos Estratégicos e Assuntos Internacionais da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas da Presidência da República, Vladimir Stempliuk, sobre o tema 'A Importância dos Centros Regionais de Referência no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas'. As atividades do Centro Regional de Referência na Formação de Profissionais para a Rede de Atenção Psicossocial, Crack e outras Drogas do Estado do Ceará compõem as atividades do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, uma estratégia interministerial, lançada sob a coordenação da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Ministério da Saúde (SENAD). Dados da Central Única das Favelas estimam que no País são cerca de 1,2 milhão de usuários, 100 mil somente no Ceará. Destes, 30 mil têm entre 12 e 29 anos.
Resolução para comunidades terapêuticas
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, dia 1 de julho, a Resolução RDC no 29, que trata das comunidades terapêuticas, que prestam serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas.
Com a nova resolução, as instituições deverão dispor de um profissional de nível superior como responsável técnico (sem necessidade de ser ligado á área de saúde). Foi instituída ainda uma ficha individual para cada interno das unidades, na qual serão anotados dados sobre a rotina, atividades físicas e lúdicas.