Alunos da Unimontes fazem campanha de prevenção da osteoporose [1]
Na manhã do dia 5 de agosto, o Parque Municipal Milton Prates foi palco de uma grande campanha de prevenção da osteoporose. A idéia foi dos alunos do primeiro módulo do curso Técnico em Radiologia Médica – Radiodiagnóstico da Escola Técnica de Saúde do Centro de Ensino Médio e Fundamental da Unimontes (MG) e faz parte do Projeto Integrado, atividade curricular de 60 horas prevista para os dois módulos do curso. “A prevenção dessa doença está intimamente ligada ao trabalho dos técnicos em radiologia, já que o principal exame para a sua detecção, a densitometria óssea, é uma das competências desses profissionais”, diz Iza Cotrim , coordenadora do projeto.
De acordo com o aluno Genivaldo Miranda, a escolha do tema para o projeto se deu após debates entre a turma e os professores da Escola. “Optamos pela osteoporose porque, além de ser um assunto ligado à Radiologia, há uma necessidade grande de abrir os olhos da população em relação a essa doença. Muitas pessoas não têm ainda a consciência de como é importante preveni-la”, explica.
Segundo dados da ETSUS, a osteoporose atinge hoje mais de 10 milhões de brasileiros, e causa dor, deformação, facilidade para fraturas e até mesmo risco de morte. Como não existe cura para a doença, devem ser priorizadas as ações preventivas, o diagnóstico e o tratamento precoce. A prevenção se dá com a boa alimentação e a prática de exercícios, e foi esse o foco da campanha realizada no parque.
Os alunos distribuíram panfletos com material educativo e fizeram uma apresentação de teatro. Houve também ações recreativas e atividades físicas orientadas por estudantes de educação física da ETSUS da Unimontes, convidados pelos alunos de Radiologia. No estande montado pela exposição ainda foram servidos leite, iogurte e queijo, para lembrar que o cálcio previne o enfraquecimento dos ossos. Segundo Iza Cotrim, o parque foi o lugar ideal para a culminância do projeto. “Nosso público-alvo vai desde crianças até idosos. O parque foi escolhido como local para a campanha por conta disso: é o espaço da família, onde encontramos pessoas de todas as idades”, afirma.
Para a aluna Maíra Duarte, que passou a manhã convidando as pessoas para fazer as atividades físicas propostas, o parque foi realmente o lugar ideal. “O público estava bem dividido: havia muitas crianças mas também pessoas mais velhas e jovens. Acho que alcançamos nosso objetivo”, diz.
O planejamento da campanha durou seis meses. “Assim que nosso tema ficou decidido, partimos para a escolha das atividades a serem realizadas”, conta Genivaldo. Os 36 alunos se dividiram em equipes, de acordo com suas preferências e aptidões, e ficaram responsáveis pelas diferentes áreas: a confecção dos fôlderes educativos, a organização do grupo teatral e a distribuição dos alimentos.
Genivaldo fez parte do grupo de teatro, que apresentou uma peça baseada no seriado ‘Chaves’. De acordo com ele, o resultado foi bastante satisfatório. “Falamos sobre a doença através dos personagens da série. Foi ótimo, porque conseguimos chamar a atenção de quem passava no parque e, o mais importante, envolver quem assistia. No fim da peça, muitas pessoas vieram conversar com os atores, para fazer perguntas e pedir panfletos”, diz.
Iza acredita que um dos grandes méritos do Projeto Integrado é promover uma aproximação entre a população e os futuros técnicos, que exercitam o trabalho em equipe, o acolhimento e a comunicação. Genivaldo concorda. Para ele, participar do projeto fez com que os alunos percebessem o papel da humanização do seu trabalho. “A atividade do radiologista é feita em uma área muito fechada e é comum o profissional pensar que seu trabalho é apenas fazer o exame. Fazendo essa campanha, vimos o quanto é importante nos aproximarmos das pessoas, estabelecermos diálogos e transmitirmos conhecimento”, reflete.