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27/02/2014 Versão para impressãoEnviar por email

Escolas do SUS de Minas Gerais focalizam os caminhos do cuidado de usuários de drogas

A cidade de Belo Horizonte (MG) sediou, entre os dias 17 e 21 de fevereiro, sua primeira Oficina Pedagógica de Tutores de Aprendizagem do Projeto Caminhos do Cuidado — para a formação em saúde mental (crack, álcool e outras drogas) dos agentes comunitários de saúde e auxiliares e técnicos em enfermagem da Atenção Básica. O objetivo do encontro, que teve como protagonistas a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) e a Escola Técnica de Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (ETSUS Unimontes), foi capacitar 225 tutores de aprendizado no contexto do projeto, coordenado pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), de Porto Alegre, e Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio de convênio com o Departamento de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (Deges/Sgtes/MS). “Isso significará formar agentes comunitários e auxiliares e técnicos em enfermagem em 853 municípios de 77 regiões de saúde mineiras”, comemorou o superintendente de Educação da ESP-MG, Rodrigo Machado.

Na abertura da oficina, a coordenadora de Educação Permanente do Deges, Mônica Durães, revelou que o projeto integra o programa do governo federal Crack, É Possível Vencer, lançado em 2011, e inspira-se no lema da 3ª Conferência Nacional de Saúde Mental — Cuidar sim. Excluir, não! —, realizada em dezembro de 2001, tendo como meta capacitar 80 orientadores, 1.200 tutores de aprendizado e 290.760 agentes comunitários de saúde e auxiliares e técnicos de enfermagem até o fim deste ano de 2014. “A proposta vem ao encontro da necessidade de discutirmos um processo de educação permanente para os agentes comunitários de saúde e auxiliares e técnicos em enfermagem em todo o território. Como essa é uma tarefa muito grande, tomamos a decisão de centralizar a administração do projeto e suas diretrizes, por meio da parceria entre GHC, Fiocruz e MS, e de descentralizar as ações de formação entre as escolas da RET-SUS”, explicou, frisando que, em Minas Gerais, a descentralização acontece por meio da ESP-MG e da ETSUS Unimontes.

Mônica destacou, ainda, que o projeto em Minas Gerais foi discutido e articulado pelo grupo técnico da Comissão Intergestores Tripartite, com a participação do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do estado (Cosems-MG), o que favoreceu a inclusão nesse processo das duas escolas da RET-SUS. Segundo a representante do Departamento de Saúde Mental e Saúde Coletiva da Unimontes, Rosângela Silveira, a universidade abraçou o projeto com satisfação. “O curso está em perfeita harmonia com as demandas do cotidiano do nosso trabalho. O cuidado de usuários de drogas é um dos maiores desafios para os agentes comunitários de Minas Gerais”, revelou. Coordenadora executiva do Caminhos do Cuidado, Edelves Vieira, deu ênfase à participação da ESP-MG e da Unimontes. “Foi uma tarefa complicada, mas recompensadora, pois aprendemos muito ao traçar um plano adequado para o estado”, concluiu.

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