A Lei Delegada nº 135, de 25 de janeiro de 2007, que concedeu a autonomia administrativa, financeira e orçamentária à Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), completa 10 anos. A escola, que era superintendência da Fundação Ezequiel Dias (Funed) até então, comemora a conquista, que implicou estabilidade nos processos de trabalho e no desenvolvimento de projetos de formação para os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS).  

A analista em educação e pesquisa em saúde, Lucimar Ladeia Colen, que iniciou sua trajetória na Funed em 1988, observa que a ESP-MG, apesar de seu potencial já à época, não tinha reconhecimento técnico-institucional. “A instituição era diversificada, estratégica para a área de saúde pública, mas tinham agravantes gerados pela centralização e burocratização administrativa”, recorda, advertindo, porém, que o processo de autonomia, apesar de importante, não foi discutido com os trabalhadores da instituição, o que seria fundamental na construção do projeto político-pedagógico de uma escola orientada para a formação e qualificação no SUS.

Para Fátima Camarinho, da Secretaria de Ensino da escola, esse processo foi bastante relevante, pois, além de se desvincular da Funed, a ESP-MG assumiu encargos, direitos, obrigações e responsabilidades. “Todas as atividades da Escola de Formação Profissional da Diretoria de Pesquisa e Ensino da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) passaram para a ESP-MG, como também a formação profissional de nível técnico, a certificação dos cursos técnicos em enfermagem e em Gerência em Serviços de Saúde”, rememorou.