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07/04/2016 Versão para impressãoEnviar por email

ESP-MG focaliza o cuidado aos usuários de drogas

A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) promoveu, em 4 de abril, a aula inaugural da Especialização Lato-Sensu Atenção a Usuários de Drogas no Sistema Único de Saúde. Com 40 alunos que atuam em diferentes pontos da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) de 22 municípios mineiros, o curso tem como objetivo contribuir para a formação dos trabalhadores do SUS que atuam no campo da Saúde Mental.

O evento contou com uma roda de conversa, com a participação de Humberto Verona, da Coordenação Estadual de Saúde Mental da SES-MG, da conselheira estadual de saúde Lu Machado, da integrante da Frente Mineira sobre Drogas e Direitos Humanos, Olga Aquino, do assessor da diretoria da ESP-MG, Rodrigo Machado, e de Ana Regina Machado, coordenadora do curso.

Segundo Olga, o trabalho proposto pela Frente vem ao encontro da proposta de cuidado do SUS defendida pela escola — ou seja, do respeito à autonomia do sujeito, para que ele mesmo possa construir alternativas para sua vida. “A educação permanente é uma estratégia excelente, pois assim é possível a construção de novas práticas em saúde e ampliação do debate”, defendeu. Lu Machado, por sua vez, lembrou o desafio que a turma tem pela frente, em face do expressivo número de usuário de drogas. “Milhares de usuários que antes viviam confinados nos hospícios têm com a formação a oportunidade de serem cuidados com respeito”, disse.

Durante a Especialização, os alunos terão a oportunidade de debater o tema da saúde mental, sob o olhar do cuidado, e construir novas possibilidades de práticas de atenção ao usuário de drogas, a partir dos princípios e diretrizes da redução de danos.

Além da roda de conversa, Francisco Cordeiro, consultor de Saúde Mental na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, entre 2012 e 2016, discorreu sobre a questão das representações sociais e os estigmas relacionados às pessoas usuárias de drogas, que em alguns momentos deixam de buscar o serviço de saúde. “Essa é uma oportunidade importante para que os trabalhadores dos serviços e da gestão possam conversar sobre o cuidado e minimizar os efeitos das representações sociais desfavoráveis ou negativas, construindo um SUS cada vez mais forte e adequado para os usuários”, observou.   

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