Saúde universal: dilemas, desafios e perspectivas do SUS na atualidade deu título ao Seminário de Abertura da Especialização em Saúde Pública, promovida pela Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) desde 1947. A atividade de abertura do curso, realizada no dia 29 de agosto, reuniu os 35 alunos, além de trabalhadores da escola e de representantes da Secretaria Executiva da Rede Brasileira de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública (RedEscola), da qual a ESP-MG também faz parte e conta com recursos para a execução da proposta.

As chamadas “ameaças ao SUS” estiveram no centro do debate. Médica e assessora da diretoria da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Maria do Carmo citou alguns “desarranjos” do governo de Michel Temer — que assumiu a Presidência da República no lugar de Dilma Rousseff, afastada pelo Senado Federal, no dia 31 de agosto —, como o fim do Programa Mais Médicos e a proposta de criação de planos de saúde populares. “Essas medidas são uma verdadeira afronta à cidadania”, frisou. Segundo ela, o Programa Mais Médicos conseguiu beneficiar diretamente 65 milhões de brasileiros, além de ter sido avaliado positivamente por 93% da população atendida. “Os números mostram, ainda, que com o Programa, 83% dos municípios brasileiros foram alcançados. Assim, é muito importante e necessária essa discussão”, sublinhou.

Os 35 alunos  do curso são dos municípios de Belo Horizonte, Brumadinho, Camacho, Carmópolis de Minas, Contagem, Itabira, Itaúna, Nova Lima, Onça do Pitangui, Várzea da Palma, Sabará, Diamantina, Ribeirão das Neves e Sete Lagoas.