destaques

03/07/2014 Versão para impressãoEnviar por email

ESP-MG participa de encontro internacional sobre Saúde Mental

Representantes do Brasil, Colômbia, Chile, Equador e Peru, bem como da Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, da Organização Pan-Americana da Saúde e do Instituto do Banco Mundial, reuniram-se em um encontro sobre o tema da Saúde Mental em Lima, no Peru. O evento, realizado em junho, contou com a participação do diretor-geral da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), Rubensmidt Riani, e da coordenadora do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde do estado, Ana Regina Machado, que apresentaram experiência exitosa da escola na área com populações assentadas e acampadas em projetos de Reforma Agrária de Minas Gerais. “A participação da ESP-MG em um encontro internacional foi bastante importante, face à relevância de estarmos apresentando um trabalho realizado com êxito pela escola, que serve de exemplo para muitos países”, observou Riani. “Compartilhar experiências, saberes e práticas entre diferentes países foi muito enriquecedor. Com certeza, aprendemos muito nas interlocuções que estabelecemos com outros colegas do campo da Saúde Mental”, acrescentou Ana Regina.

Os participantes do encontro receberam um kit com publicações produzidas pela ESP-MG, com destaque para o recém-lançado caderno Cuidados em Saúde Mental – Diálogos entre o MST e o SUS. O livro foi resultado da Oficina de Educação Popular em Saúde Mental para populações assentadas e acampadas em projetos de reforma agrária do estado de Minas Gerais, desenvolvida em 2012, junto a 35 alunos, entre cuidadores populares, lideranças de saúde, assentados e acampados em áreas do MST de diversas regiões do estado, além de 35 trabalhadores da Rede de Saúde Mental e da Atenção Básica do SUS mineiro, abarcando, ao todo, 35 municípios, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Minas Gerais (sobre essa iniciativa, ver matéria de capa da Revista RET-SUS nº 65, de maio de 2014). “Essa experiência chamou a atenção de alguns países, em mesas nas quais pudemos apresentá-la, ainda que de maneira muito breve”, revelou Ana Regina. Segundo ela, alguns países reconheceram a carência de profissionais especializados para desenvolver o cuidado em Saúde Mental. “O projeto com o MST mostrou que é possível desenvolver cuidados a partir de saberes populares e de cuidadores que não são técnicos, mas que aprimoraram suas práticas por meio do diálogo com trabalhadores da Saúde Mental“, explicou.

Comentar