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06/04/2017 Versão para impressãoEnviar por email

ESP-MG sedia evento sobre assédio moral

O problema do assédio moral no trabalho — ou seja, da exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções —, não é recente. A novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno. Não por acaso, a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) sediou, em 31 de março, o Seminário de Conscientização, Prevenção e Combate às Práticas de Assédio Moral no Âmbito da Administração Direta e Indireta dos Poderes do Estado.

O evento, promovido pela Ouvidoria Geral do Estado de Minas Gerais (OGE), concluindo as atividades de capacitação de 37 ouvidores, reuniu representantes sindicais e órgãos públicos para discutir a Lei Complementar 116/2011, que dispõe sobre a prevenção e a punição do assédio moral na administração pública, considerando o assédio moral como a conduta de agente público que degrade as condições de trabalho de outro agente, atentando contra seus direitos, dignidade, comprometendo sua saúde física ou mental e seu desenvolvimento profissional. Oportunizou, ainda, refletir sobre as práticas desse fenômeno, com foco na humanização das relações interpessoais no ambiente de trabalho. “Precisamos estabelecer regras em relação ao assédio moral”, orientou a ouvidora do estado de Minas Gerais, Conceição Resende. De acordo com ela, o problema é acentuado em face das falhas nas políticas de humanização, que ainda sustentam relações sub-humanas.

Conceição observou que a maior parte dos indivíduos que comete assédio moral alega não ter conhecimento do problema. “Temos um Estado extremamente autoritário, marcado por mais ditaduras que regimes democráticos, além de famílias também autoritárias. Por isso, o autoritarismo está enraizado no ambiente de trabalho, traduzido em ações de assédio moral”, explicou.

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