A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE) organizou, entre os dias 17 e 26 de outubro, em oito cidades do estado, um ciclo de Seminários Regionais de Avaliação do Projeto de Formação Técnica em Enfermagem desenvolvido na ETSUS. O objetivo era, segundo a direção, apurar os pontos negativos e positivos dos cursos, para melhorar a qualidade educativa da ESP-CE e aumentar sua relevância social.

O evento, realizado em Acaraú, Camocim, Crateús, Ipú, Itapipoca, Santa Quitéria, Sobral e Tianguá, contou com a presença de alunos, orientadores e facilitadores dos cursos, e dos Secretários Municipais de Saúde das 30 cidades participantes do projeto.

O processo de avaliação, feito em duas etapas e repetido em todas as cidades, começava com a dinâmica de avaliação do semáforo. “Nós orientamos os participantes a escreverem nos cartões os problemas encontrados no curso e os elogios. No vermelho eles deveriam colocar os pontos mais graves e no verde o que gostaram. Todos poderiam escrever livremente”, detalhou Carmem Cavalcante, Supervisora Geral do Projeto Técnico de Enfermagem ESP-CE.

Na segunda parte do trabalho, os representantes da ESP revelavam os pontos de avaliação que interessavam à coordenação do curso: material didático, parcerias de trabalho, campo de estágio, infra-estrutura da Escola, processo de ensino e aprendizagem, contra-partida da prefeitura municipal, equipe central, orientador facilitador. Em seguida, os grupos discutiam e verificavam se o que colocaram nos cartões contemplava cada item. “Os representantes de todos os municípios puderam expor suas idéias e, ao final de cada dia, escrevíamos um documento final”, disse Carmem.

O ponto mais elogiado pelos participantes foi a metodologia utilizada nos cursos. “Os alunos nos falaram que gostaram muito da metodologia da problematização porque permite que eles usem o que aprenderam em sala de aula no dia-a-dia do trabalho, o que torna as aulas dinâmicas e estimulantes”, contou a Supervisora. A maior reclamação, por outro lado, foi o campo de estágio restrito. "Os estudantes querem ter mais espaço nos grandes hospitais do Ceará. A maioria dos trabalhadores só fez estágio nos hospitais regionais", explicou.

De volta à capital, a equipe da ESP-CE está preparando um relatório final sobre a avaliação, que será enviado ao Ministério da Saúde, ao Pólo de Educação Permanente e a todos os municípios participantes.