A Escola Técnica de Saúde do SUS em Roraima passou a integrar o Conselho do Distrito Sanitário Indígena (CDSI) do Leste do estado, composto por usuários e representantes de organizações governamentais, prestadores de serviços e trabalhadores da saúde. A ETSUS conta com dois representantes no Conselho: a vice-diretora da Escola, Alda Franco, como titular, e a coordenadora pedagógica do curso técnico de Agente Comunitário de Saúde, Luciana Freitas, como suplente.

O objetivo do CDSI é definir políticas de atenção à saúde das populações indígenas e elaborar o Plano Distrital de Saúde. A participação da ETSUS na discussão se deve à preocupação com questões sobre da qualificação dos Agentes Indígenas de Saúde e dos Agentes Comunitários de Saúde que atendem comunidades de índios não-aldeados. Segundo Clóvis Ambrósio, índio wapixana e presidente do Conselho, a presença da Escola vai agilizar o processo de certificação dos AIS, que já foram formados em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Na reunião do dia 14 de setembro, o Conselho deu parecer favorável à pesquisa ‘Atuação dos Agentes Comunitários de Saúde junto às famílias de índios não-aldeados na cidade de Boa Vista’, que será desenvolvida pela Escola em 2007. A proposta é verificar se os ACS de Boa Vista atuam de acordo com as necessidades e peculiaridades etnoculturais da população indígena não-aldeada, nos bairros com grande concentração de índios, e, a partir daí, reformular o itinerário formativo desses agentes.O projeto vai ser viabilizado a partir de uma convocatória lançada pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério de Saúde, especificamente para as ETSUS. A pesquisa já foi aprovada pela Funasa, pelo Comitê de Ética em Pesquisa e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e aguarda aprovação de financiamento pela Comissão Avaliadora do Ministério da Saúde.