destaques

01/12/2006 Versão para impressãoEnviar por email

Ettespe diploma ACS no IV Encontro Regional de Saúde

No dia 27 de outubro, durante o IV Encontro Regional de Saúde, realizado na cidade de Limoeiro, a Escola Técnica de Saúde Pública de Pernambuco entregou diplomas a 1.750 Agentes Comunitários de Saúde, que terminaram o primeiro módulo do curso. “Sinto-me orgulhoso de ver essa imensa massa azul (referindo-se à cor da farda dos agentes). Só faltam as asas. Nada mais justo do que chamá-los de anjos da saúde”, discursou o Secretário Estadual de Saúde Gentil Porto, durante a cerimônia.

A formação dos ACS faz parte de um programa maior que envolve as três esferas de governo – municipal, estadual e federal. Conforme noticiou a edição de novembro da Revista RET-SUS, até 15 de dezembro deste ano a Ettespe terá formado mais de 14 mil agentes – todos os profissionais do estado – para trabalhar nos seis mil postos de saúde de Pernambuco, levando conhecimento técnico em saúde básica e preventiva. Segundo a direção da Escola, o trabalho de prevenção de doenças feito pelos ACS reduziu a procura por serviços de emergência na Região Metropolitana do Recife e a mortalidade infantil.

Durante o encontro, representantes de 31 municípios tiraram dúvidas com gestores da Secretaria Estadual de Saúde e discutiram questões como financiamento; recursos humanos; políticas de saúde da criança, da mulher e do idoso; vigilância e assistência. Os participantes do evento também trocaram experiências bem-sucedidas aplicadas pelas prefeituras em cada município. Para isso, foi montada uma feira na qual cada cidade teve um stand e apresentou programas e projetos considerados modelo na área da saúde.

No dia 22 de setembro, os supervisores centrais da Escola envolvidos na formação dos ACS se reuniram na Oficina de Avaliação do curso de Agente Comunitário de Saúde, com o objetivo de analisar o resultado da capacitação dos ACS nos 185 municípios de Pernambuco. “Não adianta apenas oferecer o curso e entregar os certificados; é preciso, também, saber o que o profissional está fazendo com o conhecimento adquirido, se está aplicando o que aprendeu no curso”, explicou Ângela Salvi, coordenadora de ensino da Etesppe.

Na reunião, os supervisores elaboraram um questionário de avaliação da primeira etapa do curso, que foi posteriormente respondido por alunos, instrutores e supervisores gerais e municipais, totalizando uma amostragem de 630 formulários. A pesquisa, dividida em parte quantitativa (questões em múltipla escolha) e qualitativa (espaços para sugestões e justificativas das respostas), abordou os temas: modalidade de ensino, descentralização, distribuição de materiais, parcerias estabelecidas, estruturas de supervisão, metodologia, vinculação do conteúdo à realidade envolvente, tema transversal abordado, e atuação dos instrutores.

Segundo Ângela, os resultados obtidos com a primeira parte da pesquisa, que engloba profissionais de Caruaru, Arcoverde, Salgueiro e Petrolina, foram muito satisfatórios. “Os alunos aprovaram a metodologia adotada pela Escola, que segue o currículo integrado ensino-serviço e permite que os trabalhadores aprendam e sejam avaliados no seu ambiente de trabalho, e o fato de as aulas serem dadas por instrutores do próprio serviço. Por outro lado, a infra-estrutura precária de alguns municípios e a dificuldade de acesso às salas de aula, principalmente devido ao alto custo do transporte, foram pontos colocados pelos agentes que devem ser revistos”, detalhou.

Comentar