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05/11/2015 Versão para impressãoEnviar por email

Humanização do parto é tema em Minas Gerais

Direito de todas as mulheres, colocando a gestante e suas necessidades no centro das atenções, o parto humanizado foi tema do 1º Seminário Humanização do Nascimento: diálogos sobre a assistência ao parto, realizado de 29 a 31/10, em Belo Horizonte, pelo Instituto Pauline Reichstul e a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG). O público, predominantemente feminino, refletiu sobre a arte de planejar, a desigualdade racial na saúde, a violência obstétrica, o uso de plantas medicinais, o sagrado e os desafios da saúde da mulher no Sistema Único de Saúde (SUS).

Na abertura do evento, Diva Moreira, coordenadora geral do Seminário, resgatou a história dos homenageados Pauline Reichstul, que foi vítima da ditadura militar em Recife, e de Carlos Gentili de Mello, sanitarista que lutou contra o predomínio de cesáreas no Brasil, na década de 1970. Ela lembrou, ainda, que o evento prestava uma homenagem “a todas as mulheres que sofreram e sofrem diariamente violência obstétrica”.

Entusiasta do parto humanizado, a servidora da ESP-MG Alessandra Rios de Faria falou sobre o envolvimento que a escola tem com o tema, destacando a parceria com o Hospital Sofia Feldman — referência no atendimento humanizado do estado de Minas Gerais — em uma ação educacional sobre as potencialidades e desafios para a preceptoria dos programas de residência do hospital no âmbito da educação permanente em saúde. “Essa discussão tem muito espaço na ESP-MG”, frisou, revelando que experimentou a atenção humanizada ao parto de sua segunda filha. “Tive minha primeira filha, a Alice, por uma cesárea totalmente desnecessária e isso me trouxe cicatrizes na alma. Então comecei a ler, pesquisar e, assim, conheci pessoas maravilhosas. Um ano e sete meses depois do nascimento da Alice, chegou Iolanda em um lindo parto humanizado”, contou emocionada.

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