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14/05/2007 Versão para impressãoEnviar por email

Tereza Ramos dá aula inaugural no novo auditório da EPSJV

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), do Rio de Janeiro, inaugurou, no dia 3 de abril, as novas instalações do auditório Joaquim Alberto Cardoso de Melo e da Biblioteca Emília Bustamante. Dentre as autoridades presentes estavam Paulo Buss, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Luiz Fernando Ferreira, ex-diretor e um dos fundadores da EPSJV, e Giovanni Berlinguer, membro do Comitê Internacional de Bioética da Unesco. No dia 4, Tereza Ramos, presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e ACS do Recife, foi responsável pela aula inaugural da EPSJV, cujo tema foi ‘Formação técnica e desprecarização dos ACS: uma luta por cidadania’.

A placa do auditório foi descerrada por Luiz Fernando e Giovanni Berlinguer. Depois, Paulo Buss falou sobre a importância da Escola Politécnica nas áreas de educação, trabalho e saúde: “As novas instalações do auditório e da biblioteca da EPSJV mostram que o ensino público pode ser de qualidade se os gestores tiverem uma atuação correta. Parabenizo a equipe da Escola em nome de todos os colegas da Fiocruz”.

No dia seguinte, a conferência de Tereza – a primeira a ser realizada no auditório recém-inaugurado – foi assistida por mais de 200 pessoas e seguida por um debate. “Para nós, o espaço físico só tem sentido quando abriga um projeto. Nesse caso, estamos marcando a nossa defesa intransigente da ampliação da escolaridade de todos os trabalhadores. Para lutarmos por uma sociedade mais igualitária, é preciso garantir aos trabalhadores, no mínimo, o ensino médio completo e a formação técnica. Tereza é uma das pessoas que mais batalham por isso”, disse André Malhão.

Maria do Carmo Leal, vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, que também compôs a mesa, ratificou os elogios à Tereza, ressaltando a importância da experiência do Recife no Programa de Saúde da Família. “É uma alegria ter a presidente da Confederação dos ACS aqui hoje”, afirmou. Aos alunos, deu as boas vindas e desejou um bom ano letivo. “Que nós ajudemos vocês a serem melhores cidadãos”, concluiu.

Tereza na aula inaugural da EPSJVEm sua fala, Tereza apresentou um panorama histórico da profissão e da confederação da qual é presidente. Lembrou, por exemplo, as lutas e as cobranças feitas pelos ACS de 2003 até o final de 2005 para a aprovação da Emenda Constitucional 51, que estabelece o processo seletivo público como forma de contratação dos trabalhadores. “Dividíamos os ACS para bater na porta dos deputados”, contou. Segundo ela, da mesma forma, para que hoje os ACS se tornem servidores públicos estatutários e os outros módulos do curso técnico sejam aprovados, como todos desejam, é necessário fazer muita pressão. “Temos que lutar pelo que queremos, porque ninguém vai nos dar nada de presente”, disse.

Ao ser questionada sobre se as reivindicações dos ACS têm se fortalecido com mobilizações de outros grupos de trabalhadores da saúde, Tereza explicou que, apesar de a quantidade de movimentos na área da saúde ter aumentado nos últimos anos, eles ainda são muito distantes uns dos outros. “Não temos ligação com outros sindicatos em prol da saúde pública. Acho que é por isso que estamos atrasados, por não estarmos conseguindo nos juntar”, criticou. Finalizando o encontro, André Malhão reafirmou o apoio da EPSJV à luta da Confederação pela formação técnica. “Vamos estar com vocês até o fim. É um compromisso político desta Escola”, declarou.

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