Sob o tema Estado e Democracia: o SUS como direito social, o 3º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), realizado de 1º a 4 de maio, em Natal (RN), reuniu profissionais que lutam pelo direito à saúde, com foco em projetos para uma saúde universal, igualitária e integral. A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), presente ao evento que se debruçou sobre os principais desafios para a defesa e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), diante de um momento de intensas políticas de austeridade fiscal, ataque aos direitos sociais e à cidadania, apresentou dez trabalhos nas modalidades Comunicações Coordenadas e Pôster.

Para a diretora-geral, Cida Veloso, a quantidade de trabalhos aprovados e apresentados pelos trabalhadores da ESP-MG é motivo de comemoração. "Apresentamos, aqui, trabalhos sobre nossa experiência com Educação a Distância (EaD), inovação institucional e tecnológica, gestão participativa, entre outros temas. Isso evidencia a importante produção acadêmica de nossa instituição e o compromisso de seu corpo técnico em difundir o que produzimos”, observou.

De acordo com o Assessor de Desenvolvimento Institucional da Escola e integrante do Grupo Temático (GT) de Promoção da Saúde e Desenvolvimento Sustentável da Abrasco, Kleber Rangel Silva, a participação no evento permitiu a troca de experiências sobre a Saúde Pública brasileira. “Foi importante ter participado pela oportunidade de compartilhar as produções da ESP-MG com a comunidade acadêmica e científica da saúde pública e, também, por podermos afirmar a defesa do SUS e da democracia em um contexto de retrocessos para a garantia do direito à saúde”, avaliou.

A superintendente da ESP-MG, Marilene Barros de Melo, conta que o momento foi essencial, pois proporcionou a discussão de questões relativas à efetivação da garantia do direito ao SUS. “O evento abordou a luta pelos ideais da Reforma Sanitária, pela garantia do financiamento e manutenção de todos os direitos sociais conquistados historicamente no Brasil, por um novo modelo de gestão pública, pelo fortalecimento da atenção básica e o respeito à diversidade, aos trabalhadores rurais e aos povos indígenas. A riqueza e a diversidade dos temas contribuíram para a interlocução e reflexão da produção de conhecimento vigente no campo da saúde”, acrescentou.

O congresso da Abrasco foi encerrado com a apresentação da Carta de Natal, documento que apontou a urgência de se garantir financiamento adequado para o SUS e para as políticas sociais, de realizar ampla reforma do modelo de gestão pública, avançando no sentido de torná-la republicana e democrática, e de consolidar e estender um modelo de atenção inspirado na tradição consolidada dos sistemas públicos de saúde universais e igualitários.

Colaborou Débora Souza, da Ascom/ESP-MG.