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Um giro pelas escolas de Pernambuco, Ceará, Alagoas, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Brasília, Rio de Janeiro e Santa Catarina.


ESP-PE promove curso para auxiliares e técnicos em saúde bucal

A Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco (ESP-PE) inaugurou, nos dias 8 e 9 de julho de 2016, o curso de Aperfeiçoamento em Atenção e Cuidado à Saúde Bucal. A formação, com uma turma na 10ª Regional de Saúde (Afogados da Ingazeira) e outra na 6ª Regional de Saúde (Arcoverde), envolve auxiliares e técnicos em saúde bucal que integram as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e os centros de especialidades odontológicas (CEO) das regionais de Saúde.

O curso, cuja carga horária é de 180 horas, está dividido em três módulos teóricos, abordando os temas do acolhimento humanizado, do fortalecimento da equidade dentro de uma prática clínica pautada na biossegurança, do controle de infecção e da sustentabilidade na atenção à saúde bucal. O objetivo é qualificar os trabalhadores de nível médio das equipes de saúde bucal sob a perspectiva das transformações das práticas e melhoria na atenção e cuidado à saúde bucal da população.
 

Sexta edição da Expoesp é realizada na ESP-CE

A cidade de Fortaleza vivenciou, de 17 a 19 de agosto de 2016, a troca de experiências de diversas produções técnicas e científicas. Tratou-se da 6ª Expoesp: compartilhando aprendizagem, realizada pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), em parceria com a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap). Paralelamente, foram promovidas a 5ª Mostra de Saberes da Educação Profissional em Saúde, com foco na valorização da  formação profissional técnica em saúde, na promoção de um balanço das competências desenvolvidas em cada um dos cursos e na apreciação da formação profissional técnica na saúde, e a 1ª Mostra de Residências Multiprofissionais em Saúde do Ceará, trazendo trabalhos científicos e apresentações de casos bem sucedidos nos cenários de prática dos residentes. O evento contou, também, com a Tenda de Saberes, com manifestações culturais, poesia e música.
 

Etsal inaugura Técnico em Hemoterapia

A Escola Técnica de Saúde Professora Valéria Hora (Etsal), em Alagoas, após uma década de espera, deu início, em abril de 2016, ao curso Técnico em Hemoterapia, envolvendo 60 alunos dos municípios de Maceió e Arapiraca. A proposta é financiada pelo Ministério da Saúde, seguindo orientação do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do Ministério da Educação (MEC). São 1.620 horas de aula, sendo 1.200 horas de concentração (teoria) e 420 horas de dispersão (prática).
 

ESP-MG qualifica trabalhadores da saúde mental

A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) concluiu, no dia 15 de julho de 2016, mais uma turma da Oficina de Ação Educacional para a Formação de Trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), em parceria com a Coordenação de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de Minas Gerais (SES-MG). O objetivo da proposta foi promover a educação permanente de profissionais de diferentes pontos da Raps de Minas Gerais, com foco no desenvolvimento de práticas de atenção a pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas no SUS. O projeto pretende capacitar, ainda, 504 trabalhadores de diversos pontos da Rede. Em 2015, foram realizadas cinco turmas, contribuindo para a formação de 200 profissionais. Os alunos são trabalhadores do SUS que atuam no campo da saúde mental de 132 municípios mineiros. (FOTO 01)
 

ETSUS Pará promove curso para conselheiros de Saúde

A Escola Técnica do Sistema Único de Saúde Dr. Manuel Ayres, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), deu início, no dia 28 de setembro de 2016, ao curso de Qualificação de Conselheiros Estaduais de Saúde. Participaram desta atividade, cuja carga horária foi de 64 horas de aulas teóricas, distribuídas em quatro unidades temáticas, 20 representantes do controle social, lotados nos municípios de Belém, Barcarena, Jacundá, Igarapé-Miri, Abaetetuba e Castanhal, participam da atividade. As aulas foram promovidas em dois dias por mês, até o dia 29 de dezembro.

Entre os objetivos do curso destacam-se o fortalecimento do controle social, orientando os conselheiros de saúde quanto a suas competências e atribuições e ampliando o conhecimento acerca do Sistema Único de Saúde (SUS) no que tange à estrutura, ao funcionamento, às diretrizes e às políticas públicas. O diretor da ETSUS-PA, Raimundo Sena, inaugurou a formação, abordando nos dois primeiros dias de aula as legislações do SUS e o conceito de controle social.
 

ESP-MT expõe experiência de formação indígena na China

A Escola de Saúde Pública do Mato Grosso (ESP-MT) apresentou na 9ª Conferência Global sobre a Promoção de Saúde, realizada em Xangai, na China, de 21 a 24 de novembro de 2016, a experiência de formação profissional de dezessete indígenas, por meio do curso de Auxiliar em Saúde Bucal.  Selecionada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a atividade foi considerada pioneira no Brasil e, por meio da ESP-MT, fez a diferença no processo de qualificação desses profissionais, bem como na melhoria da qualidade de vida e saúde da população indígena do estado.

A formação aconteceu entre 2013 e 2014, suprindo a necessidade que as comunidades tradicionais tinham em relação à atenção em saúde bucal. Muitos já desenvolviam ações de odontologia sem a devida qualificação, tomando decisões que requeriam ações articuladas entre os conhecimentos tradicionais de cada povo e da medicina não indígena.  A ESP-MT ofertou o curso para os indígenas das etnias Bakairi, Bororo, Chiquitano, Enawênê-Nawê, Guató, Irantxe, Myky, Nambikwara, Paresi e Umutina.

A qualificação dos auxiliares em saúde bucal indígena teve como propósito redesenhar o quadro de atenção à saúde bucal dos povos indígenas no Mato Grosso e de sua possível inclusão no serviço, possibilitando o deslocamento do foco de atenção odontológica centrada na doença (curativa/individual) para a construção de estratégias pautadas na promoção da saúde (prevenção/coletivo), buscando dar respostas quanto às situações de agravo, e intensificando o trabalho preventivo e de promoção da saúde. O turma piloto recebeu financiamento do Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para a Saúde (Profaps) do Ministério da Saúde.
 

ETSUS-RS qualifica enfermeiros em imunizações

A Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (ESP-RS), por meio de sua Escola Técnica do SUS (ETSUS), realizou no dia 15 de julho de 2016 a cerimônia de entrega dos certificados do curso de Qualificação em Imunizações, em Porto Alegre. Realizado em parceria com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, a formação buscou qualificar como multiplicadores os enfermeiros na área de imunizações. Esses profissionais irão formar os técnicos em enfermagem que atuam no âmbito da atenção básica e da gestão do Programa de Imunizações dos municípios que compõem as 19 coordenadorias regionais de Saúde (CRS).
 

Escola de Iguatu conclui aperfeiçoamento em HIV

A Escola de Saúde Pública de Iguatu (Espi), no Ceará, finalizou, no dia 12 de agosto de 2016, o curso de Enfrentamento à Epidemia da Aids na População LGBT. O aperfeiçoamento, com 40 horas de aula, envolveu os profissionais de saúde que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) do estado, buscando contribuir para o fortalecimento das ações de vigilância e enfretamento da epidemia de HIV/aids. O curso surgiu da necessidade de ampliar o cuidado das pessoas que vivem com o vírus e desenvolver práticas de saúde transformadoras, reflexivas, propositivas e articuladas com a sociedade. (FOTO 02)
 

ETSUS-RS realiza terceira edição da Qualificação em Imunizações no estado

A Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul, por intermédio de sua Escola Técnica do SUS, inaugurou, no dia 31 de agosto de2016, com uma aula sobre o Programa Nacional de Imunizações, mais uma turma da Qualificação em Imunizações, destinada a profissionais que atuam na área da enfermagem, entre eles auxiliares, técnicos e enfermeiros da atenção básica à saúde. A terceira edição do curso aconteceu em parceria com as coordenadorias regionais de Saúde do estado e o Núcleo de Imunizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). A proposta contou com 94 alunos inscritos, entre auxiliares e técnicos em enfermagem, e 51 enfermeiros, que serão os multiplicadores do conteúdo. (FOTO 03)
 

ESP-MG realiza nova edição de curso em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde

A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) promoveu durante o ano de 2016 a segunda edição do Curso de Especialização em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (Cegtes). No dia 12 de agosto de 2016, os alunos participaram da disciplina Valorização do trabalhador do SUS: política de humanização e saúde do trabalhador, ministrada pela servidora Daniene Santos, do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde da ESP-MG, que abordou as diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), com foco na dimensão da valorização do trabalhador do SUS. No dia 17, a escola recebeu a mestre em Educação e pesquisadora em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Neuza Moysés, coordenadora nacional do Cegtes.

Vale citar que a especialização, que tem o apoio dos conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), pretendeu formar gestores especialistas na área da gestão do trabalho e da educação em saúde, com base em três eixos fundamentais: Políticas Públicas e Gestão do Trabalho e Educação em Saúde; Gestão da Educação na Saúde; e Gestão do Trabalho e Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) nos estados e municípios brasileiros. (FOTO 04)
 

Etesb promove curso de administração de medicamentos

A Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb) promoveu, de 12 a 21 de setembro de 2016, o curso de Administração de Medicamentos para auxiliares e técnicos em enfermagem da comunidade. As aulas, que aconteceram sempre das 8h às 12h, teve como objetivo atualizar os profissionais de enfermagem na administração de medicamentos, com novos conhecimentos na área, habilidades e atitudes para o exercício de práticas na assistência à saúde.
 

Politecnia esteve no centro de evento comemorativo dos 30 anos da EPSJV

Dialogar sobre as diferentes perspectivas de compreensão e prática da politecnia nos processos formativos da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). Este foi o objetivo do 2° Seminário Temático da unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e integrante da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), realizado no dia 14 de setembro de 2016, no Rio de Janeiro. O evento, que deu continuidade às comemorações dos 30 anos da EPSJV, contou com a participação do professor José Rodrigues, da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), que discorreu sobre a temática Contemporaneidade da Politecnia.

Para Rodrigues, a pergunta que os trabalhadores devem se fazer é se querem, coletivamente, fazer uma educação de combate ao capital. “Qual tipo de combate que queremos dar ao capital via educação escolar? Há várias formas de enfrentar o capital e, para efeito da atividade escolar, não precisamos pensar a revolução, porque não se trata de um partido político e nem revolucionário. É preciso estudar o que foi escrito, as experiências que estão sendo feitas, inclusive as da própria escola, e submeter à crítica. Isso pressupõe coragem e disponibilidade de militância, capaz de entregar seu trabalho à crítica para não virar a crítica”, destacou.

O professor lembrou o filósofo e sociólogo Karl Marx e resumiu: “Politecnia é um termo que aparece nos escritos do Marx, quando ele define o que entende por educação. Se eu concordo com a concepção de Marx, então politecnia é uma concepção pedagógica, não é uma concepção didática”. Segundo Rodrigues, a didática é tradicionalmente entendida como um conjunto de técnicas de ensinar, mas nenhuma técnica de nenhuma atividade humana é neutra, o que não quer dizer que ela não possa ser refuncionalizada. “É possível dentro de alguns limites. Educação, que eu posso chamar de politecnia, é uma concepção ampla. E Marx, que não era um educador, não pensou na didática da coisa”, finalizou. (FOTO 05)
 

EPSJV discute integração entre ensino, pesquisa e cooperação

Pensar a integração ensino-pesquisa-cooperação na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). Esse foi o objetivo do 3° Seminário Temático da unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz e integrante da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), realizado em 4 de outubro de 2016, no Rio de Janeiro. A partir de algumas reflexões — se a escola adota a pesquisa como princípio educativo, é referência na formação docente de nível técnico, todos fazem e discutem educação profissional, são pesquisadores-docentes,  as pesquisas alimentam as práticas de ensino e a instituição colabora para a melhoria dos processos de trabalho em saúde —, e das apresentações da professora Regina Henriques, da Sub-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e da coordenadora da Pós-Graduação da EPSJV, Virgínia Fontes, os trabalhadores da EPSJV discutiram os processos de cooperação entre a escola, as instituições formais de ensino, os movimentos sociais e os serviços de saúde, as estratégias, metodologias e tecnologias para dar seguimento aos projetos educacionais da escola, a preparação docente para a proposta pedagógica da escola, os objetos de interesse de pesquisa e as atividades de pesquisa que estão a serviço da integração com o serviço.

Para Regina, que abriu a mesa de debate falando sobre a integração da extensão na universidade com o ensino e a pesquisa, a extensão universitária é um termo que já tem certa maturidade de existência, mas na forma concreta ainda guarda uma diversidade e uma dificuldade de entendimento do que de fato significa extensão. “O ponto de partida é pensar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e cooperação e entender o que cada um desses eixos significa de fato no cotidiano dessas instituições”, orientou, destacando que a indissociabilidade entre os eixos é uma utopia.

Virginia Fontes observou que, a despeito de a EPSJV ser menor que a universidade, ela tem possibilidades distintas de fazer ensino, pesquisa e cooperação. “Isso porque a escola tem uma intencionalidade, foi construída em debates como esse, completamente diferente da universidade”, destacou. Segundo ela, é disso que resulta a proposta de politecnia, cuja base teórica tem um lado na vida social. “Não é uma escola para formar mão de obra, mas sim seres humanos em sua plenitude”, explicou.

A professora da EPSJV elencou três desafios que a escola deverá enfrentar quando se trata do eixo Ensino-Pesquisa-Cooperação. O primeiro, citou, é formar permanentemente os seus próprios quadros. “A escola faz, mas precisa ver mais o que faz”, sublinhou. O segundo desafio é a construção de uma unidade na diversidade. “A escola, como qualquer outra instituição pública, é uma instituição diversa e que não vai necessariamente atuar com homogeneidade em todas as direções”, alertou. Para Virgínia, é muito importante que a informação das atividades que unem ensino, cooperação e pesquisa circulem e façam parte desses processos de formação interna. O terceiro desafio, em sua análise, diz respeito à consolidação de vínculos orgânicos e horizontais com movimentos sociais. “É ter um vínculo mais orgânico com a classe trabalhadora e suas formas de organização”, explicou.
 

ESP-MG promove nova turma da Especialização em Saúde Pública

Saúde universal: dilemas, desafios e perspectivas do SUS na atualidade deu título ao Seminário de Abertura da Especialização em Saúde Pública, promovida pela Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) desde 1947. A atividade de abertura do curso, realizada no dia 29 de agosto de 2016, reuniu os 35 alunos — dos municípios de Belo Horizonte, Brumadinho, Camacho, Carmópolis de Minas, Contagem, Itabira, Itaúna, Nova Lima, Onça do Pitangui, Várzea da Palma, Sabará, Diamantina, Ribeirão das Neves e Sete Lagoas —, além de trabalhadores da escola e representantes da Secretaria Executiva da Rede Brasileira de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública (RedEscola), da qual a ESP-MG também faz parte e conta com recursos para a execução da proposta. (FOTO 06)
 

Efos tem nova sede

A Escola de Formação em Saúde (Efos), em Santa Catarina, celebrou, em 23 de setembro de 2016, a inauguração de sua nova sede.  A estrutura conta com uma área de 2,5 mil m², fruto de uma obra de ampliação e aquisição do mobiliário que custaram R$ 2,8 milhões garantidos por meio de parceria entre Secretaria de Estado da Saúde e Ministério da Saúde. As instalações foram distribuídas em cinco andares, comportando quatro salas de aula, uma sala para esterilização de material e expurgo, laboratório de enfermagem com unidades de UTI, cirúrgica, médica, pediátrica, ginecológica e obstétrica, laboratórios odontológico e de informática, biblioteca, salas para professores, gerência e divisões pedagógica, técnica e administrativo, entre outros ambientes. A escola traz, também, acesso e banheiros para pessoas com deficiência em todos os andares do prédio. “A equipe da Efos trabalhou muito para concretizar a conclusão dessa obra, demonstrando um espírito público de compromisso com a saúde do nosso estado”, declarou o secretário de saúde, João Paulo Kleinübing.

Fundada em 9 de julho de 1993, a Efos já formou e capacitou aproximadamente 23 mil trabalhadores por meio de cursos de qualificação voltados aos trabalhadores do SUS. Atualmente, a escola promove três turmas do curso Técnico em Enfermagem e uma turma da Especialização Técnica de Nível Médio em Urgência e Emergência.  Em outubro, a escola iniciou o Aperfeiçoamento em Saúde Mental.
 

Alunos da ESP-CE propõem projeto de atenção à saúde do trabalhador

Os alunos do curso Técnico em Vigilância em Saúde (CTVS) da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE) apresentaram, em julho de 2016, o Projeto Atitude na Saúde do Trabalhador, como parte da segunda etapa do estágio supervisionado do curso realizado, em Aracati, pela Diretoria de Educação Profissional em Saúde (Dieps). Formada por dez alunos, a equipe desenvolveu uma pesquisa que tinha como principal foco a identificação do perfil da saúde dos profissionais da saúde do município. Sob a orientação da fisioterapeuta Louise Myrella Santos, o grupo entrevistou 98 pessoas de cinco unidades básicas de saúde da sede municipal e, a partir da análise dos dados, concluiu que, apesar da preocupação dos entrevistados em cuidar dos seus pacientes, o mesmo não acontece quando se trata da saúde de si próprio.

O trabalho implicou ações de melhoria da qualidade de vida do trabalhador. Com apoio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, os alunos promoveram no dia 13 de julho de 2016, na UBS do bairro Campo Verde, no centro de Aracati, testes rápidos de glicemia, cálculos do Índice de Massa Corporal (IMC), seguidos por aconselhamentos e aferição da pressão arterial. Os resultados coletados foram anotados nos chamados Cartões de Avaliação da Saúde do Trabalhador, também criados pelos alunos, e os mesmo serão reavaliados trimestralmente.

A nutricionista Luciana Santos abordou o tema da alimentação saudável e das atitudes que contribuem para isso. Já a educadora física Maria Ferreira falou sobre lesões por esforço repetitivo e propôs a prática de ginástica laboral com a participação de todos os presentes. O aluno Wellington Rocha, por fim, tratou da importância do uso de equipamentos de proteção individual. Supervisora pedagógica do curso, Francilete Gomes observou que a iniciativa estimula a melhoria da qualidade de vida dos profissionais e, consequentemente, da população que utiliza os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
 

EPSJV é contra reforma do Ensino Médio

Unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz responsável pela coordenação e execução das atividades de ensino, pesquisa e cooperação técnica na área da educação profissional em saúde e integrante da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) promoveu, no dia 29 de setembro de 2016, um ato contra a Medida Provisória nº 746/16, proposta pelo Ministério da Educação, que institui uma reforma do Ensino Médio. O evento contou com a participação de Gaudêncio Frigotto, professor do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e de representantes do Grêmio Politécnico, da Associação dos Estudantes Secundaristas do Estado do Rio de Janeiro, da Associação Municipal dos Estudantes do Rio de Janeiro e da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior.

Na abertura, o diretor da EPSJV, Paulo César de Castro Ribeiro, observou que a MP abre portas para que os recursos do fundo nacional da educação sejam também apropriados pela iniciativa privada. “A proposta segue na contramão do que deva ser o fortalecimento da educação pública”, defendeu, lendo em seguida uma nota de repúdio da EPSJV à reforma do Ensino Médio (http://www.epsjv.fiocruz.br/nota-de-repudio-a-reforma-do-ensino-medio). Por sua vez, o integrante do Grêmio Politécnico Yago Romero avaliou que o que está em jogo é a tentativa das classes dominantes de minguar as potencialidades da classe trabalhadora. “Nós, estudantes, estamos acostumados a ouvir que a educação é o caminho para a melhoria de vida. Mas o que significa essa melhoria de vida: pertencer a essa classe dominante ou desconstruí-la e retirar seu espaço de privilégio?”, questionou, afirmando que a MP implica ataque direto a um direito constitucional.

O professor Gaudêncio Frigotto, que participou da criação e da concepção de educação integrada defendida e praticada pela EPSJV há 30 anos, enumerou vários aspectos negativos que a medida traz. Segundo ele, a MP liquida por completo o ensino médio integrado e o direito social e subjetivo desta modalidade de ensino como educação básica. “Essa MP é uma afronta à LDB [Lei de Diretrizes e bases] e ao Estado de Direito”, refletiu, chamando atenção para as determinações que, historicamente, negam o acesso ao ensino médio a 85% dos jovens. “Acho que estamos em um momento de desobediência civil e quem pode barrar isso é um grande movimento dos jovens”, acrescentou. Para Frigotto, a luta contra esse atraso se dá em várias frentes, observando que a “burguesa nunca se negou a instruir, apenas nunca quis educar”.. “Gramsci dizia que a escola é problema de professor, de currículo etc. Mas a escola só muda quando passa a ser problema da sociedade”, sublinhou, fazendo referência ao filósofo marxista, jornalista, crítico literário e político italiano Antônio Gramsci.

O professor lembrou que o ensino médio é o momento em que os jovens recebem os instrumentos para ter sua base cientifica, cultural e técnica para se posicionar na vida política, lutar pelos seus direitos e enfrentar o mundo da produção. Por isso, afirmou, “é tão importante que o ensino médio seja amplo, para possibilitar uma escolha embasada. “O ensino médio integrado, com base na Ciência, no Trabalho e na Cultura, como acontece na EPSJV, não tem nada a ver com a profissionalização precoce, por meio da qual o jovem ao escolher uma área restrita, só poderá seguir por aquele trilho”, explicou, ressaltando que o problema não está na escolha, mas na restrição da área, sem ao jovem conceder uma base, como assim propõe a MP. “A maioria, por exemplo, não pode escolher medicina mesmo que queira, porque não tiveram a base para concorrer com seus colegas. Se não há base, retroagimos à ditadura”, concluiu.
 

ETSUS Blumenau inaugura curso em desastres naturais

A Escola Técnica do SUS de Blumenau promoveu, em 23 de agosto de 2016, a aula inaugural do Curso de Agentes Locais em Desastres Naturais. Coube ao professor Carlos Machado Freitas, da Escola de Saúde Pública Sergio Arouca, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), discorrer sobre o tema Desastres naturais, territórios e o papel do setor saúde. O curso, ministrado pelos docentes da ETSUS Blumenau, envolveu agentes comunitários de saúde, de vigilância em saúde e da Defesa Civil do município, totalizando novecentos alunos. A formação tratou da educação ambiental, envolvendo as consequências dos desastres naturais, bem como visa ao planejamento de ações para a prevenção de novas ocorrências relacionadas aos impactos que podem ser sentidos no ambiente e na saúde da população. (FOTO 07)
 

Etesb dá continuidade à formação de agentes comunitários

A Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb) realizou, no dia 12 de agosto de 2016, a solenidade de abertura dos cursos de formação em agentes comunitários de saúde (ACS), realizados em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). As turmas de 2016 são de São Sebastião, Paranoá e Sobradinho, totalizando 120 alunos em formação. A diretora da Etesb, Ena Galvão, destacou que a iniciativa marca a participação da instituição no Projeto Brasília Saudável, cujo objetivo é triplicar a cobertura de atenção primária à saúde no DF. Ainda no contexto do Projeto Brasília Saudável, a Etesb iniciou, em setembro, a Especialização Técnica em Saúde da Família. O curso envolve os técnicos em enfermagem e de saúde bucal que atuam nas equipes de Estratégia Saúde da Família.
 

ESP-MG sedia debate sobre drogas e políticas públicas

A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) recebeu, no dia 22 de agosto de 2016, o Seminário Regional Sudeste - Drogas e Políticas Públicas: pensamentos para práticas cidadãs. A atividade, promovida pelo Projeto Redes — desenvolvido pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (VPPAS/Fiocruz), Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça e ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social —, reuniu trabalhadores das áreas da saúde, educação e defesa social que fazem interface com a saúde mental dos municípios de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Governador Valadares, Itaúna, Juiz de Fora, Ribeirão das Neves e Uberaba.

Trabalhadora da ESP-MG, do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde, Daniene Santos observou que os direitos constitucionais dos cidadãos brasileiros estão sendo usurpados em face do desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS) e da reprodução de preconceitos nos serviços de saúde contra a população negra e pobre. “É preciso fomentar discussões sobre o SUS para evitar a exclusão social em todos os sentidos dos usuários de drogas e reforçar que o sistema de saúde é uma conquista do povo brasileiro”, sublinhou. Por sua vez, a coordenadora da Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Marta Elizabeth, discorreu sobre o atual cenário no estado em relação às comunidades terapêuticas. Segundo ela, os recursos públicos são direcionados a tratamentos baseados em questões religiosas em detrimento à proposta da redução de danos. “Estamos fiscalizando esses espaços e encontramos, em muitos deles, violações severas de direitos humanos, além de outras irregularidades”, denunciou. Em sua avaliação, os profissionais de saúde têm pela frente o desafio de construir redes de referências em saúde mental.

 

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