Batizado de Siget, sistema foi desenvolvido pela Escola Técnica de Saúde Profª Valéria Hora levando em conta particularidades das ETSUS. Instituição acredita que este pode ser primeiro passo para a formação de um banco de dados integrado para a Rede
Um novo sistema de gestão escolar capaz de armazenar dados como matrículas, fichas de alunos, organização curricular dos cursos, cronogramas institucionais e notas, pensado para atender às particularidades das Escolas Técnicas do SUS. A iniciativa de criação do Sistema de Informação para Gestão Escolar das ETSUS (Siget) é da Escola Técnica de Saúde Profª Valéria Hora (ETSAL), que já está em fase de capacitação de seus profissionais para a operação da nova ferramenta e, em breve, pretende compartilhá-lo com a Rede.
A ideia de um sistema integrado para as ETSUS parte do diagnóstico do diretor da ETSAL, Adailton Isnal, de que o Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Sistec/MEC), lançado em 2008 com o objetivo de dar validade nacional aos diplomas e formar um banco de dados sobre os cursos técnicos, é insuficiente para as necessidades de uma Escola Técnica do SUS. “O Sistec não nos atende completamente. Já o Siget é específico e pode colaborar para uma futura base de dados da educação profissional em saúde, que armazene informações das 36 escolas”, acredita Isnal. Ainda de acordo com o diretor, a principal queixa sobre o Sistec é que os dados armazenados são de utilidade para o MEC, mas as escolas não podem consultá-lo e usufruir as informações para a gestão.
Os funcionários e professores da ETSAL participaram, entre os dias 17 e 19 de janeiro, de uma capacitação para se familiarizarem ao Siget. Esse foi o primeira ação de um cronograma com três etapas que a Escola programa para seus trabalhadores aprenderem a operar a ferramenta. A seguir, haverá o treinamento e a operacionalização, quando o sistema começará, efetivamente, a ser alimentado. “A partir da coleta de dados, será possível dar suporte aos profissionais, permitindo, entre outras ações, uma avaliação dos cursos”, ressaltou o diretor da instituição.
“A definição de quais informações seriam incluídas foi feita a partir da consulta aos usuários. Como eram muitas as demandas, inicialmente fizemos um recorte, em que demos prioridade às necessidades pedagógicas”, explicou Adailton. Posteriormente, outras seções serão incluídas, para atender a setores como biblioteca e financeiro.
Para o diretor, esse é um primeiro passo para a criação de parcerias com as outras ETSUS. Ele pretende disponibilizar o aplicativo e o manual de uso para os membros da Rede o mais breve possível, para que cada uma aponte as adequações necessárias. “Também pretendo apresentá-lo ao Sistec e estudar a integração dos sistemas, para que, quando necessário, seja possível fazer uma única atualização”, finalizou.
GT para discutir o Sistec - Durante a segunda rodada de oficinas do Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para a Saúde (Profaps) que aconteceu ao longo do mês de outubro do ano passado, a Coordenação-Geral de Ações Técnicas da Educação na Saúde do Departamento de Gestão da Educação na Saúde na Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (Deges/SGTES/MS) divulgou a abertura de um Grupo de Trabalho para a discussão do Sistec em conjunto com o MEC. As Escolas Técnicas do SUS participarão do GT por meio de cinco representantes regionais.
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