Oficina realizada em Belo Horizonte prepara profissionais para curso de Especialização em Gestão Pedagógica
Entre os dias 30 de janeiro e 3 de fevereiro, a Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS) deu mais um passo em direção ao fortalecimento da gestão das instituições. Vinte profissionais, de diferentes ETSUS, participaram da Oficina de Capacitação de Tutores para o curso de Especialização em Gestão Pedagógica nas Escolas Técnicas do SUS (Cegepe). O evento, uma das últimas etapas para a abertura da especialização, prevista para o fim de março, aconteceu na Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Elaborado pela Escola de Enfermagem da UFMG, em parceria com as Escolas de Enfermagem da USP de São Paulo e de Ribeirão Preto, a Faculdade de Educação da Unicamp, a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE) e a Superintendência da Escola Tocantinense do SUS (SETSUS-TO), o curso em Gestão Pedagógica será ofertada, na modalidade a distância, para 300 trabalhadores de 35 ETSUS. Dez escolas, de todas as regiões do país, foram escolhidas como pólos para os momentos presenciais. Cada núcleo contará com dois tutores presenciais (membros das escolas técnicas), além de tutores a distância, vinculados às instituições responsáveis pela preparação do curso.
Durante os cinco dias de oficina, os participantes foram apresentados ao projeto político pedagógico do Cegepe e participaram de debates envolvendo as especificidades das ETSUS, da educação a distância, além do papel do tutor. Os profissionais das escolas participaram ainda de aulas práticas em laboratórios de informática, onde conheceram a plataforma Moodle, utilizada nesse tipo de curso.
A especialização, com duração de um ano e 450 horas, será dividida em quatro núcleos: Saúde Pública; Aspectos pedagógicos das ETSUS; Gestão nas escolas; e Avaliação institucional. Haverá três momentos presenciais ao longo do curso. Os critérios de seleção dos alunos foram ter nível superior, ser membro efetivo da escola e participar técnica e administrativamente da instituição. De acordo com a coordenadora do projeto, Alda Martins Gonçalves, a formação foi estruturada dentro dos eixos da investigação e da problematização. “As ETSUS serão os espaços de aprendizagem. A investigação da realidade das escolas para que ela possa ser modificada será o foco desses alunos”, explica.
Para a técnica da Coordenação de Ações Técnicas do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (Deges/SGTES), Cláudia Marques, a oficina teve papel estratégico por reunir, pela primeira vez, tutores presenciais e a distância, além dos coordenadores da especialização. Segundo ela, a necessidade de fortalecer a rede na perspectiva da gestão foi identificada em 2010, após uma série de reuniões com as escolas. “A especialização pode, inclusive, ajudar as escolas na abertura de cursos à medida que os atores das escolas atuem de forma mais propositiva e protagonista nas esferas de negociação dos cursos e de discussão com gestores”, explica.
Além da oficina, outro meio de capacitação dos tutores será um curso a distância, com 90h.
Por Beatriz Salomão (Secretaria de Comunicação da RET-SUS)
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