Há oito anos, a Lei Estadual nº 433, de 2004, criava a Escola Técnica do Sistema Único de Saúde de Roraima. Desde então, já passaram por ela mais de dois mil estudantes. Atualmente, a escola aguarda a construção da nova sede, que tem previsão de término no primeiro semestre de 2013. A nova estrutura terá uma área total de 2.400 m², equipada com oito salas de aula, auditório, biblioteca e laboratórios de informática, análises clínicas, enfermagem, nutrição, farmácia e saúde bucal.

Para comemorar tantas conquistas, a escola promoveu uma série de atividades voltadas para a educação, saúde e promoção da qualidade de vida. “As ações foram importantes para apresentar a população o papel formador da ETUS e sua contribuição para o SUS”, disse a vice-diretora da instituição, Nara Peixoto.

No dia 5 de maio, como forma de promover a integração entre estudantes, funcionários e docentes, foram realizados exercícios de ginástica laboral e uma caminhada até a Praça Ayrton Senna, localizada a pouco mais de dois quilômetros da escola. No local, promoveram torneios de vôlei e futebol feminino.

No dia 7 de maio, data oficial de aniversário da instituição, foi realizada uma cerimônia no auditório da ETSUS. Para homenagear a instituição, participaram da solenidade a diretora da escola, Tania Soares, o diretor da Urgência e Emergência do Hospital Geral, representando o secretário de Saúde, Wilson Moraes, a diretora do Hospital Coronel Mota, Francisca Teixeira, a deputada estadual Angela Portela, a enfermeira Luzitânia Cristina Bezerra, representando o secretário municipal de Saúde de Boa Vista,  e Carmem Célia Vieira, representando os estudantes da ETSUS Roraima.

“A fala de todos foi focada na missão da escola, na formação dos trabalhadores e profissionais da saúde e na importância da parceria entre as instituições para o cumprimento do papel da ETSUS”, ressaltou Tania. “Qualificando profissionais, com certeza haverá um atendimento de qualidade à população. Com o término do curso, esperamos que a ETSUS ofereça complementações”, completou a aluna Carmem Célia.

Nos dias subsequentes, a programação foi variada: atendimento médico, realizado por profissionais da Policlínica Cosme Silva e do Hospital Coronel Mota; vacinação contra a gripe, tétano, hepatite e febre amarela; e atendimento odontológico, realizado por dentistas e estudantes do curso Técnico em Saúde Bucal. Para os servidores e alunos da ETSUS, além dos procedimentos de limpeza, obturação, aplicação de flúor e demonstração de técnicas de escovação, foi realizado um curso de Relação Interpessoal.

“Todas as ações foram muito importantes. Alcançaram plenamente os objetivos, atendendo a comunidade e deixando a marca da escola” salientou a diretora Tânia, destacando as atividades lúcidas que tiveram como temática a Saúde Bucal. “Mais de 60 crianças do ensino fundamental receberam orientações sobre o tema. Fizemos ainda aplicação de flúor e entregamos um kit com escova de dente”, lembrou.

Novos cursos

Atualmente, a escola executa seis turmas do Técnico em Saúde Bucal. A formação, que tem 1.500 horas, foi iniciada em maio de 2010 e tem previsão de término em dezembro deste ano. No mês de junho, está previsto o início do curso de Formação de Formadores da Política Nacional de Humanização. A turma terá 30 alunos e 180 horas. 

Já em agosto, a previsão é iniciar a primeira turma do Técnico em Hemoterapia. A formação será oferecida para 105 estudantes, que serão divididos em seis turmas. “Estamos, neste momento, realizando a primeira etapa de seleção dos docentes e coordenadores”, contou Tania. O curso será oferecido com recursos do Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para a Saúde (Profaps).

Para o segundo semestre deste ano, a ETSUS prepara a Formação Básica para Agentes Comunitários de Saúde. Com um total de 80 horas, o curso será destinado a 705 trabalhadores recém-aprovados em concursos públicos nos municípios. Para o mesmo período, a instituição pretende iniciar o Técnico em Enfermagem para Indígenas. “Formamos um grupo de trabalho (GT), com a participação de lideranças e representante de conselhos indígenas, da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e da Secretaria de Estado do Índio, para discutir a operacionalização do curso”, informou a diretora.

Por Jéssica Santos, RET-SUS.