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20/09/2007 Versão para impressãoEnviar por email

Sindicato de ACS em Roraima: estímulo da ETSUS

Em andamento desde julho do ano passado, na Escola Técnica de Saúde do SUS de Roraima, o curso técnico de Agente Comunitário de Saúde já mobilizou seus alunos a criarem o Sindicas/RR, Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde de Roraima, e a continuarem na luta para agregar aos 260 já sindicalizados o maior número possível de trabalhadores do estado.

O módulo inicial do curso técnico de ACS, de 400 horas, oferecido pela primeira vez em Roraima, acontece de forma descentralizada, atendendo a 618 alunos de todos os 15 municípios do estado. As 200 horas de aulas teóricas, já terminadas, ocorreram em dez pólos de concentração, enquanto as outras 200, práticas, ainda em andamento, acontecem no próprio ambiente de trabalho dos ACS. “Nessa etapa, os enfermeiros acompanham os alunos no serviço e tentam identificar o que ainda precisa ser modificado para melhorar o atendimento”, explica Luciana Freitas, coordenadora pedagógica do curso na ETSUS.

Na opinião de Luciana, a parte teórica do curso contribuiu para os alunos se conscientizarem do seu papel na sociedade e da importância das políticas públicas de saúde e de gestão. “Nas aulas sobre gestão, eles tomaram conhecimento dos seus direitos e deveres, adquiriram espírito de equipe e noções de organização da categoria”, conta. Ela relata ainda que os integrantes do sindicato programam visitas a todos os municípios para convencer os ACS que ainda não se associaram da importância da união da categoria. “Eles querem a participação de todos para lutar por um curso completo, pois até agora só há o financiamento do primeiro módulo”, diz.

Gilvânio Colares, vice-presidente do Sindicas e aluno do curso técnico, confirma que as aulas reforçaram o sentimento de coletividade entre os agentes, contribuíram para a sua aproximação e, inclusive, para a melhor interação com as comunidades, pois as pessoas se mostram mais receptivas às visitas de profissionais qualificados. “Antes a gente trabalhava a questão da prevenção, mas sem compreender bem as políticas públicas de saúde existentes. Agora, conhecendo a importância de nossas ações junto à comunidade, tudo fica mais fácil”, afirma. Ele lembra que, na época da fundação do Sindicas, o número de integrantes era de 141, todos alunos da ETSUS da capital. Hoje, outros cinco municípios – Alto Alegre, Cantá, Iracema, Mucajaí e Caracaraí – já possuem representantes no sindicato e o número cresceu para 260.

Gilvânio, que pretende visitar ainda as outras bases do Programa de Saúde da Família (PSF) do estado para convidar os ACS, cita como reivindicações futuras do sindicato, além do financiamento dos segundo e terceiro módulos do curso técnico, ações de valorização profissional. “Queremos garantir o cumprimento da ementa 51 e da lei 11.350. Vamos lutar, por exemplo, para que os municípios efetivem os ACS já aprovados no processo seletivo e também pela ampliação do número de concursos em todo o estado”, declara.

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