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19/10/2005 Versão para impressãoEnviar por email

Articulações políticas para a campanha

Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação elabora cartilha para defender o repasse de recursos do pagamento da dívida externa para o ensino.

Na ocasião do lançamento da campanha “A verdadeira dívida é com a Educação”, foi firmado um documento de compromisso entre a CNTE e o Ministério da Educação, mas a equipe financeira ainda não adotou medidas práticas. Formou-se uma Frente Parlamentar para discutir o assunto. Juçara Vieira, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), acredita que se tornará mais fácil conseguir medidas mais efetivas com o apoio de deputados. Inclusive, foi criado um grupo de trabalho para discutir maneiras de viabilizar a proposta com o aval da sociedade organizada durante a gestão de Tarso Genro no Ministério da Educação. Esse GT é formado também por entidades da sociedade civil organizada como ONGs, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e as outras que representam os segmentos dos trabalhadores rurais sem-terra, das igrejas cristãs, dos dirigentes municipais de educação, dos secretários estaduais de educação, dos trabalhadores em estabelecimento de ensino e dos estudantes. O grupo conseguiu agendar uma audiência com o presidente Lula para o dia 21 de outubro a fim de traçar as diretrizes possíveis para a negociação dos recursos financeiros.

Além disso, em abril, a presidente da CNTE teve um encontro com o diretor-geral da Unesco a quem entregou algumas cartilhas e material sobre a proposta redigidos em inglês, com o intuito de conferir projeção à campanha. No encontro também se reivindicou a intervenção da Unesco para que a educação não seja incluída nas negociações com a Organização Mundial do Comércio (OMC), sob a perspectiva de que não vire mais uma “uma moeda de troca”, nas palavras de Juçara. No entanto, a Unesco alegou que interferir nas negociações entre os estados-nação e a OMC significaria intervir na própria soberania nacional.  

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