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30/09/2014 Versão para impressãoEnviar por email

Caminhos do Cuidado é tema de encontro das ETSUS

Reunidos na quarta edição da Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica e Saúde da Família, em Brasília, diretores e coordenadores pedagógicos das escolas da RET-SUS discutem a operacionalização e os aspectos pedagógicos e políticos do Projeto Caminhos do Cuidado.

No primeiro dia da 4ª Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica e Saúde da Família, promovida entre os dias 12 e 15 de março, em Brasília, representantes da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS) reuniram-se para discutir a operacionalização e os aspectos pedagógicos e políticos do Projeto Caminhos do Cuidado, lançado oficialmente em outubro de 2013. Coordenado pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), de Porto Alegre, e pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio de convênio com o Departamento de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (Deges/Sgtes/MS), Caminhos do Cuidado tem como foco a formação em saúde mental (crack, álcool e outras drogas) dos agentes comunitários de saúde e auxiliares e técnicos em enfermagem da Atenção Básica e da Estratégica Saúde da Família (ESF). Em articulação com as instituições do SUS protagonistas da formação desses trabalhadores, entre elas as escolas técnicas do SUS (ETSUS), centros formadores de recursos humanos do SUS e escolas de Saúde Pública, o projeto tem como meta capacitar 290.760 mil profissionais de saúde até o fim deste ano de 2014.

A iniciativa se dá em três etapas: os orientadores de aprendizagem, capacitados por meio de uma oficina de formação pedagógica com 24 horas, formam os tutores, que participam de curso com 40 horas de formação presencial e 80 horas de Educação a Distância (EaD), e estes formam os agentes comunitários de saúde e auxiliares e técnicos em enfermagem, por meio de uma capacitação de 60 horas, sendo 40 horas presenciais e 20 horas de dispersão. A última etapa de formação, em execução Brasil a fora — pois os orientadores já foram capacitados, bem como a maioria dos tutores, selecionados —, conta com a participação direta das escolas da RET-SUS.

Articulação, palavra-chave

No dia 12 de março, em Brasília, as coordenadoras pedagógicas do projeto Renata Pekelman e Odete Torres lembraram que a formação presencial de orientadores e tutores pressupõe a articulação entre a equipe pedagógica do projeto e as escolas técnicas da Rede. Diretor do Deges, Alexandre Medeiros revelou que vários processos de formação estão acontecendo nos territórios — ao todo 29 (até a data da reunião) — e lembrou que algumas alterações propostas ao documento-base do projeto foram bastante relevantes para o andamento do trabalho, como a inclusão de representantes das escolas da RET-SUS no grupo condutor — entre eles, Ena de Araújo Galvão, da Escola Técnica de Saúde de Brasília, Célia Maria Borges da Silva Santana, da Escola de Saúde Pública de Pernambuco, Angelita de Almeida Rosa Mendes, do Centro de Educação Técnico-Profissional na Área de Saúde de Rondônia, Naia Cloé Aenlhe Correa, da Escola Estadual de Educação Profissional em Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, e Laura Aparecida Christiano Santucci da Escola Municipal de Saúde de São Paulo —, a criação de uma comissão gestora local capaz de dar continuidade às ações nacionais e a oferta de um espaço de encontro entre os atores envolvidos na educação permanente em saúde.

Coordenador da equipe de infraestrutura e logística do projeto, Ruy Casale apresentou a área que está dividida em cédulas de prestação de contas, ajuda de custo, bolsas, entrega de material e contratação de serviços, com os respectivos fluxos e atividades. Ele ressaltou que a equipe está empenhada em colocar em dia todos os pagamentos de bolsas e ajuda de custo dos tutores em atuação. “Para tanto, preciso da colaboração de todos. Há alguns entraves que atrapalham esse processo, como dados cadastrais e bancários incorretos e falta de documentação”, citou. Segundo ele, 285 turmas do projeto já foram pagas ou estão em processo de pagamento. “Daqui por diante, para facilitar o processo de pagamento de ajuda de custo, por exemplo, a comprovação se dará por meio da lista de presença”, acrescentou.

Coube à coordenadora de Comunicação do projeto, Cristina Ruas, apresentar os dispositivos criados para uma difusão dialógica e polifônica conforme as diretrizes de comunicação do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ela, a equipe da comunicação de Caminhos do Cuidado é composta pelas áreas de jornalismo, programação visual e eventos. O jornalismo é responsável pela criação e manutenção do site e da intranet e pela produção de matérias jornalísticas, vídeos, e-mails e clipping (seleção de notícias em jornais, revistas, sites e outros meios de comunicação, geralmente impressos, resultando em um apanhado de recortes sobre assuntos de interesse de quem os coleciona). O setor de programação visual, pela identidade visual do projeto e pelas peças promocionais e pedagógicas, como mochilas, pastas, cadernos, canetas, blocos, camisa, apostilas, cartilhas, guias etc. O setor de eventos, por sua vez, tem como missão apoiar a organização das formações, reuniões técnicas e aulas inaugurais.

Ao fim da reunião, diretores e coordenadores pedagógicos das ETSUS propuseram a construção de um curso presencial semelhante ao de tutores voltado para os coordenadores pedagógicos e professores das instituições de ensino da Rede, bem como a inclusão dos conteúdos do projeto nas 400 horas de qualificação dos agentes comunitários de saúde e dos técnicos em enfermagem.

Por Katia Machado, da Secretaria de Comunicação da RET-SUS

(com informações da equipe de Comunicação do Projeto Caminhos do Cuidado)

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