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17/07/2013 Versão para impressãoEnviar por email

Comunidade indígena é foco de ação da Escola de Saúde Pública e da Fiocruz de Minas Gerais

Escola de Minas Gerais lança cartilha sobre leishmaniose tegumentar para populações indígenas. O trabalho é fruto de pesquisa realizada durante três anos pela ESP-MG e pela unidade da Fiocruz no estado

Escola de Minas Gerais lança cartilha sobre leishmaniose tegumentar para populações indígenas. O trabalho é fruto de pesquisa realizada durante três anos pela ESP-MG e pela unidade da Fiocruz no estado

Leishmaniose Tegumentar: controle e prevenção na terra indígena Xakriabá dá título à cartilha que orientará as lideranças indígenas de saúde do município de São João das Missões, na região norte de Minas Gerais. A publicação é fruto de um projeto de pesquisa desenvolvido pela Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) em parceria com o Centro de Pesquisas René Rachou, unidade da Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais (Fiocruz-MG), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ela está organizada em forma de narrativa e com linguagem acessível. Para tanto, contou com a colaboração de moradores das aldeias Imbaúbas e Morro Falhado. “Essa construção coletiva foi importante para que os moradores da reserva se identificassem com a causa, se sentissem parte do processo e se tornassem corresponsáveis na prevenção da leishmaniose tegumentar”, revela o texto de apresentação da cartilha.

No evento de lançamento da publicação, realizado no auditório da ESP-MG, no dia 21 de junho, o diretor geral da ESP-MG, Damião Mendonça, agradeceu a comunidade indígena Xakriabá onde a pesquisa foi desenvolvida. "A participação e a colaboração das pessoas daquela comunidade contribuíram, de forma expressiva, para que a pesquisa fosse concluída com este material educativo”, frisou. A  diretora da Fiocruz-MG, Zélia Profeta, lembrou que a cartilha nasce de um projeto de pesquisa direcionado ao fortalecimento do SUS. Do lançamento participaram ainda o consultor de Epidemiologia da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Antônio Meira, e o responsável técnico pelo Departamento de Zoonoses e Doenças Transmissíveis por Vetores da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Jaime Costa da Silva.

A pesquisa que resultou no documento foi realizada durante três anos na comunidade indígena, onde foi constatada uma alta prevalência de casos humanos da doença e uma grande presença de reservatórios domésticos, silvestres e de vetores infectados por Leishmania. Segundo o trabalho, as condições ecológicas associadas aos fatores comportamentais da população favorecem o alto índice de transmissão da leishmaniose tegumentar. A pesquisa revela ainda que a precariedade do atendimento não favoreciam o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. “Havia a necessidade de intervenções visando à melhoria da assistência e a pergunta era: o que fazer? A solução possivelmente passaria pela educação em saúde com mobilização e engajamento da comunidade, das equipes de saúde e de educação e dos gestores dos municípios”, escreve o texto de apresentação da cartilha, justificando a produção.

 

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