O predomínio das condições crônicas e a necessidade de modernização dos sistemas de saúde no Brasil e no mundo estiveram no cerne do debate da terceira edição do Conass Debate, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), em 13 de maio, em Brasília. Sob o tema A crise contemporânea dos modelos de atenção à saúde, o evento contou com a participação de cerca de 200 convidados, entre gestores e pesquisadores. O Conass Debate é desenvolvido em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Ministério da Saúde.

A mesa de abertura contou com a presença de Ana Paula Soter, secretária executiva do Ministério da Saúde, Wilson Duarte Alecrim, presidente do Conass, e Joaquim Molina, representante da Opas no Brasil. “O que vamos discutir aqui não é um problema só do Brasil, só da Europa ou só da América do Norte. É um desafio comum a todos nós e que nos instiga à discussão, a fim de encontrarmos soluções comuns”, destacou Alecrim.

Na parte da manhã, o assessor do programa de saúde americano Obamacare — como ficou conhecida a Lei de Atendimento de Saúde a Preço Acessível dos EUA —, Rafael Bengoa, discorreu sobre a implantação do modelo de atenção às doenças crônicas no país na época em que foi ministro da Saúde. Já o professor Eugênio Vilaça Mendes contextualizou o tema e falou sobre os diversos aspectos sobre a crise que assola os modelos de atenção à saúde no Brasil e no mundo.

Na parte da tarde, o debate continuou com as exposições de Luiz Facchini, professor da Universidade Federal de Pelotas, Claunara Schilling Mendonca, professora de Medicina de Família do Departamento de Medicina Social da Universidade do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Rolim Sampaio, chefe do Escritório de Serviços de Saúde da Unimed Belo Horizonte, e Frederico Guanais, especialista em Saúde da Divisão de Proteção Social e Saúde do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Sustentabilidade do SUS

O Conass Debate busca fomentar a discussão sobre temas importantes para o setor saúde, tendo como foco a sustentabilidade do SUS, a partir da expressão de pensamentos, de estudos e de opiniões que contribuam para o desenho de caminhos seguros para o sistema. O projeto contempla também as questões estratégicas para a saúde pública brasileira, sem se ater aos problemas pontuais ou operacionais do SUS.

O segundo seminário da série, realizado em 25 de setembro de 2013, trouxe à tona o tema Caminhos da Saúde no Brasil, por meio do qual evidenciou os caminhos alternativos para a organização do sistema de saúde no país e as possibilidades de concretização do SUS universal no atual contexto de segmentação do sistema de saúde pública. A primeira edição, por sua vez, realizada em 24 de abril de 2013, sob o tema Saúde: para onde vai a nova classe média, buscou conhecer a nova classe média brasileira, chamada de classe C, e as repercussões no SUS e no sistema privado de saúde.

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Por Jessica Santos, da Secretaria de Comunicação da RET-SUS (com informações da Assessoria de Comunicação do Conass)