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18/08/2011 Versão para impressãoEnviar por email

Em pauta, a avaliação no curso Técnico em Hemoterapia

Doze Escolas Técnicas do SUS e sete hemocentros se reuniram, em Brasília, para discutir metodologias específicas para a área

Doze Escolas Técnicas do SUS e sete hemocentros se reuniram, em Brasília, para discutir metodologias específicas para a área

Uma das quatro formações prioritárias do Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para a Saúde (Profaps), o curso Técnico em Hemoterapia passará a integrar, ainda este ano, o rol de serviços de dez escolas da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS). Como estratégia para a consolidação do curso, membros de doze ETSUS e sete hemocentros se reuniram, em Brasília, na Oficina de Hemoterapia, organizada pela Coordenação Geral de Ações Técnicas em Educação na Saúde do Departamento de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Deges/SGTES) e pela Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG), instiuição responsável pelo projeto de apoio ao desenvolvimento da formação. O evento ocorreu nos dias 16, 17 e 18 de agosto e discutiu a 'Avaliação de Processo de Aprendizagem' das escolas.

Durante a oficina, cada escola apresentou o método e os instrumentos utilizados nos cursos para avaliação (estudo de caso, dramatização, prova, relatórios, seminários).  Especificidades de cada ETSUS foram destacadas. Diretor administrativo do Centro Formador de Recursos Humano da Paraíba (Cefor-PB), David Jose Paz destacou o uso de portifólio como forma de avaliação dos alunos. Segundo ele, no processo “aula e prova”, os discentes não apresentavam bons resultados, por isso a escola decidiu incluir o relato das experiências pessoais dos alunos, o que, segundo ele, trouxe melhores notas. Já a Escola Técnica do SUS Profª Ena de Araújo Galvão, no Mato Grosso do Sul, ressaltou que não trabalha com notas, mas com conceitos de “apto” e “não apto” e que o processo de recuperação ocorre ao longo da disciplina e não no final.

Pedagoga do Centro de Formação de Pessoal para os Serviços de Saúde Dr. Manuel da Costa (CEFOPE), do Rio Grande do Norte, Ivaneide Medeiros Nelson abordou o papel do professor como mediador do processo de aprendizagem e a importância de considerar e valorizar o conhecimento tácito dos alunos.

“È fundamental avaliar aprendizagem e avaliar o ensino. A avaliação só tem sentidoquando o resultado é trabalhado em forma de intervenção, quando o resultado ajuda a superar dificuldades. Não há sentido avaliar se não provocar mudanças”, disse.

Participaram da oficina as ETSUS de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Acre, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Maranhão, Roraima, São Paulo, Tocantins e Pará, além dos Hemocentros de Tocantins, Minas Gerais, Roraima, Ceará, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. De todas as escolas participantes, apenas a  Escola Estadual de Educação Profissional em Saúde do Rio Grande do Sul e o Centro de Educação Profissional e Tecnológica/ Escola Técnica de Saúde-Unimontes (MG) não iniciam o curso este ano.

Na Paraíba, será aberta uma turma, com 40 alunos, vindo do Hemocentro de João Pessoa. As aulas começam dia 19 de setembro. O curso tem carga horária de 1.700 horas e será ministrado por cinco docentes. No Mato Grosso do Sul, as aulas devem começar na segunda quinzena de setembro para 72 discentes de hemocentros e agências transfusionais.

Nos próximos meses, o Ministério da Saúde fará visitas técnicas em cada ETSUS. As escolas sugeriram uma oficina sobre estágio em Hemoterapia, mas ainda não há previsão de data.

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