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19/04/2005 Versão para impressãoEnviar por email

Ministério da Educação apóia conversão da dívida

Mobilização de trabalhadores acontecerá no dia 27 de abril. O objetivo é converter recursos da dívida externa para a educação.

Segundo Eduardo Ferreira, secretário executivo da CNTE, o MEC apóia a conversão de recursos destinados ao pagamento da dívida externa para investimentos na educação.

As articulações do Brasil com outros países já começaram. O ministro Tarso Genro vai se reunir, em julho, com um grupo executivo em Madri, na Espanha, para discutir o assunto. Nesse encontro, estarão presentes representantes da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), Espanha, Argentina, México, Chile e Nicarágua.

Em outubro, em Zaragoza, também na Espanha, será realizada a Cúpula dos Países Ibero-Americanos da Educação, com os presidentes da Espanha, de Portugal e dos países das Américas Central e do Sul. Nesse encontro, o Brasil vai tentar aprovar a proposta. A idéia édestinar à educação parte de recursos que pagariam dívidas com outros países e instituições, como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Fundo Monetário Internacional, que são credores de quase 20% da dívida brasileira. Hoje, a dívida externa do país é de cerca de R$ 545 bilhões.

Para se ter uma idéia do que esse valor significa, ele daria para executar 865 Programas como o Profae, que formou quase 180 mil  auxiliares e técnicos de enfermagem no país - de 2001 a dezembro de 2004, o Profae investiu pouco mais de 630 milhões em educação.

Apesar da discussão sobre a conversão da dívida ser um processo lento, Eduardo Ferreira dá como exemplo o caso da Argentina que conseguiu o perdão de parte de sua dívida com a Espanha para que o montante seja investido em educação.

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