noticias

08/10/2013 Versão para impressãoEnviar por email

No mês do Outubro Rosa, Brasil comemora crescimento do acesso a mamografia

Em 2012, o número de mamografias no Sistema Único de Saúde (SUS) realizadas em mulheres na faixa prioritária dos 50 aos 69 anos cresceu 37%, em comparação a 2010. Os dados, divulgados pelo Ministério da Saúde (MS) neste mês de outubro, vêm ao encontro do movimento Outubro Rosa.

Em 2012, o número de mamografias no Sistema Único de Saúde (SUS) realizadas em mulheres na faixa prioritária dos 50 aos 69 anos cresceu 37%, em comparação a 2010. Os procedimentos somaram 2,1 milhões no ano passado, contra 1,5 milhão em 2010. Ao todo, 4,4 milhões de exames foram realizados em 2012, representando um crescimento de 26% em relação a 2010. Os dados, divulgados pelo Ministério da Saúde (MS) neste mês de outubro, vêm ao encontro do movimento Outubro Rosa, cujo símbolo é um laço rosa — a cor é compreendida como a união dos povos pela saúde feminina. O movimento popular, surgido em 1990, na cidade de Nova Iorque (EUA), tem como propósito chamar a atenção para a realidade do câncer de mama e da importância da detecção precoce.

De acordo com o MS, o câncer de mama é a segunda causa de morte entre as mulheres brasileiras — somente em 2011, a doença fez 13.225 vítimas no Brasil. Para que mais mulheres possam fazer o exame de mamografia — indicado às mulheres a partir dos 50 anos, o Ministério da Saúde investiu, em 2012, R$ 92,3 milhões — um aumento de 17% em relação a 2011. Em 2011, a presidenta Dilma Rousseff já havia lançado o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, visando à expansão da assistência oncológica no país — atualmente, o SUS tem 277 serviços para a detecção e o tratamento de câncer, que atendem a 298 unidades hospitalares, distribuídas nas 27 unidades da federação. Mais de 3,6 milhões de sessões de radioterapia e quimioterapia foram feitas pelo SUS, com investimento de R$ 491,8 milhões. Além disso, em 2012, foram investidos R$ 16,8 milhões em cirurgias oncológicas.

Informação sistematizada

Somando-se a esses investimentos e tendo como foco o acompanhamento ágil dos serviços oncológicos em todo o país, o MS criou o Sistema de Informação do Câncer (Siscan). O software, disponível gratuitamente para as secretarias de saúde, permite o monitoramento do atendimento oncológico na rede pública por meio da inserção e processamento de dados, gerido pelo próprio ministério. O sistema funciona em plataforma web e já tem a adesão dos 27 estados brasileiros, dos quais 17 já começaram a inserir dados sobre todos os tipos de cânceres — vale citar que o prazo para substituição dos demais sistemas pelo Siscan termina em janeiro 2014.

Até o momento, o sistema recebeu mais de 104,3 mil requisições de exames, sendo 39,6 mil referentes a mamografias. Sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a Lei nº 12.732/12, conhecida como Lei dos 60 dias, garante aos pacientes com câncer o início do tratamento em no máximo 60 dias após a inclusão da doença em seu prontuário no SUS. O prazo máximo vale para que o paciente passe por uma cirurgia ou inicie sessões de quimioterapia ou radioterapia, conforme prescrição médica.

Matéria produzida com informações da Agência Saúde.

 

Comentar