O Ministério da Saúde lançou em São Paulo o manual ‘Atenção em Saúde Mental nos Serviços Especializados em DST/Aids, cujo objetivo é orientar profissionais de saúde que atendem pessoas com doenças sexualmente transmissíveis, principalmente no que se refere ao tratamento psicológico. O lançamento desta publicação aconteceu durante o 9o Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, realizado entre os dias 28 e 31 de agosto, paralelamente ao 2o Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais, 6o Fórum Latino-Americano e do Caribe em HIV/Aids e DST e 5o Fórum Comunitário.
O Ministério da Saúde lançou em São Paulo o manual ‘Atenção em Saúde Mental nos Serviços Especializados em DST/Aids, cujo objetivo é orientar profissionais de saúde que atendem pessoas com doenças sexualmente transmissíveis, principalmente no que se refere ao tratamento psicológico. O lançamento desta publicação aconteceu durante o 9o Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, realizado entre os dias 28 e 31 de agosto, paralelamente ao 2o Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais, 6o Fórum Latino-Americano e do Caribe em HIV/Aids e DST e 5o Fórum Comunitário. “Esse documento foi elaborado a partir das necessidades das equipes multiprofissionais dos serviços de atenção especializada em HIV/AIDS, visando à construção ou ao aprimoramento de um modelo de saúde mental em que todos os profissionais tenham participação ativa e se relacionem com os serviços, melhorando a qualidade da assistência integral prestada aos usuários”, explicou Andrea Rossi, assessora técnica do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS).
Durante o evento de lançamento, realizado no dia 29 de agosto, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, ressaltou que um dos principais desafios do profissional de saúde que atende pessoas com HIV/aids é tentar criar uma relação acolhedora e de confiança, atentando para as dimensões que vão além do tratamento do vírus com os antirretrovirais. “Uma dessas dimensões diz respeito aos problemas do sofrimento e da angústia, que muitas vezes acompanham a condição de viver com HIV/aids. Por isso, esse manual servirá exatamente para orientar os profissionais de como abordar essa pessoa que vive com HIV/aids e que está sob tratamento, para que ela tenha mais conforto psicológico, sofra menos e consiga viver com mais qualidade”, resumiu Barbosa.
Andrea destacou ainda a importância da atuação do profissional de nível técnico da área da saúde, que está inserido nas equipes multiprofissionais dos serviços de atenção especializada. “Ao considerar a dimensão subjetiva, o profissional passa a qualificar a assistência e atender o usuário em sua integralidade”, explicou. A chamada dimensão subjetiva está presente, segundo Andrea, em todas as situações de saúde e inclui a forma como os usuários percebem a presença do HIV/aids em suas vidas, o que envolve os sentimentos que emergem desta vivência, o contexto de vida e as situações sociais decorrentes dessa presença. “Muitas vezes, a dimensão subjetiva causa o sofrimento e determina a forma de agir e reagir às situações”, salientou Andrea.
Para a assessora técnica, é importante ressaltar que saúde mental não significa presença ou ausência de sofrimento psíquico, uma vez que este não decorre de transtornos mentais. “Por exemplo, o sofrimento ante a revelação diagnóstica é parte do processo de conhecimento da condição sorológica, comum à maioria dos usuários. Mas, para alguns, bastante ansiogênico e produtor de sofrimento”, explicou. Desta forma, “identificar as situações de sofrimento e prestar acolhimento são ações de saúde mental inerentes a todos os trabalhadores em saúde, bem como, realizar aconselhamentos e encaminhar o usuário a uma assistência especializada requer a ajuda de um profissional”, observou.
Sobre o livro
O livro foi elaborado pelo Departamento de HIV, Aids e Hepatites Virais com a colaboração de um Grupo de Trabalho composto por pesquisadores, profissionais da Saúde e representantes da sociedade civil. Dividido em sete capítulos e três anexos, a publicação traz 138 páginas e aborda desde os aspectos conceituais e históricos da epidemia do HIV/Aids até os desafios da atenção em rede na integração de políticas, programas e ações. O livro está disponível no site do Ministério da Saúde no endereço: http://bit.ly/NCCOz8.
Por Jéssica Santos (Secretaria de Comunicação da RET-SUS)
Com informações do Blog da Saúde
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