Segundo o Censo Escolar sobre Educação Profissional Técnica de Nível Médio, 55,6% dos alunos dessa modalidade cursam a forma subseqüente — aquela em que o aluno já concluiu o ensino médio e cursa apenas a habilitação técnica.  Na Saúde, esse número é ainda maior, em torno de 70% — o ensino médio integrado é o menos freqüente, não tendo sido registrada, no período, nenhuma matrícula nas regiões Norte e Centro-Oeste do país. De acordo com os relatório, a predominância da modalidade subseqüente mostra um retorno dos jovens e adultos às salas de aula e evidencia uma opção pela Educação Profissional em detrimento do ensino superior. Na opinião de Marise Ramos, coordenadora da Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, não se trata de preferência, mas sim da incorporação da idéia de que a formação técnica pode garantir o ingresso mais rápido no mercado de trabalho do que a universidade. “Além de serem cursos de menor duração, muitos supõem também que a oferta de empregos para trabalhadores de nível técnico é maior do que para os com ensino superior. Daí acreditam, inclusive, que é mais fácil concluir o curso técnico, obter um emprego e só depois, com o salário, pagar o curso na universidade”, explica.

A comparação entre as tabelas que apresentam a quantidade de matrículas e os números de o número de matrículas de 2005 foi 236 mil e o de concluintes, 109 mil. Mas segundo Maria Inês Pestana, diretora de Estatísticas da Educação Básica do Inep/MEC, não é possível concluir que essa diferença corresponda a um índice de evasão. “É importante considerar a carga horária dos cursos, que podem durar dois anos ou mais, dependendo de como são estruturados. Os cursos técnicos integrados ao ensino médio, inclusive, são normalmente organizados em quatro anos. Com esses dados, não podemos falar sobre evasão, pois não levantamos informação sobre abandono e repetência, por exemplo”, diz.