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27/06/2007 Versão para impressãoEnviar por email

RET-SUS no Congresso do Conasems: Ministro da Saúde fala sobre Pacto pela Saúde e 13ª CNS

Leia trechos da entrevista coletiva com José Gomes Temporão no XXIII Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde do Conasems.

A RET-SUS está acompanhando o XXIII Congresso Nacional do Conasems (Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde), que começou ontem em Joinville, Santa Catarina. A cobertura completa do evento você vai ler na Revista RET-SUS de julho. Mas você já pode acompanhar, agora, um pequeno trecho da entrevista coletiva que o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, concedeu na abertura do encontro, com a participação da equipe da RET-SUS.

O que o sr. espera do XXIII Congresso Nacional do Conasems e o que acha da escolha do tema ‘Pacto pela Saúde no Brasil: Avanços e Desafios’?

A realização do Congresso é importantíssima. O Conasems tem sido um parceiro estratégico na construção do SUS. São as gestões municipais que, no cotidiano, enfrentam os problemas práticos e objetivos da saúde. Então, quando você reúne esses gestores, é importante não ser uma troca de experiências, mas também a construção de uma percepção coletiva das grandes questões, dos grandes desafios. Eu tenho certeza de que está todo mundo reclamando de falta de dinheiro, mas eu também acho que falta gestão. Temos que inovar, que pensar diferente. O Pacto veio no sentido de, pela primeira vez, estabelecer um conjunto de prioridades de saúde pública e ser mais flexível nos arranjos locais, na maneira como os municípios vão organizar seus serviços. Se temos um contexto metropolitano, com características específicas, vamos organizar a rede e atender as especificidades. Então, acho que a escolha do tema foi muito feliz. O Pacto está recém-implantado. Acho que é um instrumento que tem que ser aperfeiçoado, qualificado. Nós temos que avançar cada vez mais em estratégias de contratualização e responsabilização e aprofundar um pouco mais esse tema, que pode ser um pouco abstrato: o que é esse Pacto na prática? Qual é o impacto dele para o cotidiano dos cidadãos que precisam dos serviços de saúde? Imagino que tudo isso está sendo pensado, discutido e aprofundado aqui. E o ministro vai ficar aguardando as deliberações, resoluções, moções desse encontro para podermos sentar depois com o Conasems e com o Conass e avançar.

No ano da 13ª CNS, quais são as expectativas para esse Congresso?

Imagino que o Congresso já está ensaiando alguns dos grandes temas da 13ª Conferência. Quem sabe estamos anunciando uma Conferência que lembre um pouco a 8ª. Claro que a 8ª vai ser sempre insuperável, porque é incomparável. O fato é que a 12ª foi muito ruim em todos os aspectos. Foi uma Conferência que não terminou, não se concluiu, infelizmente. Então, a minha expectativa é que seja uma Conferência política, que discuta a política de saúde, que aprove grandes linhas para a sociedade brasileira, para o país, não só para o setor saúde, mas retome um pouco a reflexão sobre a determinação social, sobre a dimensão econômica e social da saúde pública. A minha expectativa é de que nós tenhamos mais competência este ano para organizar melhor a Conferência para que ela tenha resultados práticos. E para que possa ser percebida pela sociedade como instrumento importante. O risco que corremos, se de novo tivermos uma Conferência ruim, é que esse espaço democrático que custou tanto para ser construído perca qualidade e espaço político. Isso seria muito ruim. Então, vamos investir e qualificar a 13ª CNS.

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