noticias

27/04/2007 Versão para impressãoEnviar por email

Reunião da RET-SUS termina com apresentação de diagnóstico das Escolas Técnicas do SUS

Isabel Brasil e Deusemar Siqueira apresentaram o resultado da pesquisa-diagnóstico sobre as Escolas Técnicas do SUS.

O último dia da 6ª Reunião Geral da RET-SUS começou com a mesa-redonda Diagnóstico das Escolas Técnicas do SUS: produção de conhecimento, estrutura física e administrativa e mecanismos de gestão orçamentária e financeira das escolas hoje. Participaram da apresentação Isabel Brasil, vice-diretora de pesquisa da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), do Rio de Janeiro, e Deusemar Siqueira, representante da Coordenação de Ações Técnicas do Deges/SGTES/MS. A mesa apresentou e discutiu os resultados de uma pesquisa-diagnóstico sobre as ETSUS no período de 2000 a 2005, que foi encomendada pelo Ministério da Saúde e coordenada pela EPSJV.

Segundo Isabel Brasil, a pesquisa foi uma tentativa de mapear e qualificar as ações das ETSUS. “A pesquisa aponta as possibilidades de trabalho das ETSUS. Podemos sinalizar, por exemplo, a necessidade de uma demanda por mestrados na área de Educação Profissional em Saúde, já que apenas 4% dos docentes permanentes das Escolas têm formação stricto sensu”, explicou. Já o número de professores com pós-graduação lato sensu aumentou consideravelmente nesse período em virtude, principalmente, da especialização promovida pelo Profae.

No que diz respeito aos cursos oferecidos pelas ETSUS, Isabel afirma que, no período analisado, aconteceu uma ampliação da descentralização dos cursos para os municípios. “A partir do Profae, as Escolas passaram a descentralizar mais suas atividades, o que colabora para que, cada vez mais, elas se tornem referências regionais. Trazida para a formação, a descentralização, que é também uma diretriz do SUS, ajuda a alcançar os princípios da universalidade e da integralidade da educação dos trabalhadores”, afirmou, lembrando que no ano passado as Escolas Técnicas do SUS deram mais um importante passo para isso, ao começarem a primeira etapa do curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde.

Isabel apontou também alguns problemas identificados pelo estudo. “A maioria das Escolas não tem autonomia financeira e orçamentária. É preciso fazer um movimento para que isso aconteça, contando com o apoio do Conass e do Conasems”, defendeu.

Ao responderem à pesquisa, as Escolas apontaram, ainda, a criação da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS) como um fato importante para o seu fortalecimento. E, para finalizar, Isabel lembrou da necessidade do fortalecimento político das ETSUS. “Um ponto a que se faz referência nas entrevistas, embora não de forma majoritária, foi a necessidade de eleição nas ETSUS. Mais do que governo, as ETSUS precisam ser instituições de Estado porque os governos passam e as Escolas ficam”, disse.

Em seguida, Deusemar Siqueira apresentou, por meio de dados quantitativos, o que o Ministério da Saúde está chamando de ‘linha de base’ do Diagnóstico. Em uma seqüência de tabelas, ela comparou as informações atuais com os dados do primeiro Diagnóstico, realizado 2000, mostrando uma clara evolução na maioria das Escolas a partir do investimento e da experiência com o Profae.    

Na tarde de hoje, acontecerá uma plenária na qual os grupos divididos por regiões apresentarão propostas para o plano de trabalho da RET-SUS em 2007. A cobertura completa da 6ª Reunião Geral da Rede você vai acompanhar na edição de maio da Revista RET-SUS.

Comentar