Promover reflexões sobre a formação de técnicos em saúde no Mercosul, bem como um espaço de troca e discussão entre representantes governamentais, pesquisadores acadêmicos e técnicos em saúde. Esses foram os principais objetivos do 2º Seminário Internacional sobre Formação de Trabalhadores Técnicos em Saúde no Mercosul, realizado entre os dias 28 e 30 de novembro, no auditório da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). "Este foi um espaço no qual Saúde, Educação e Trabalho puderam sentar na mesma mesa, dividir experiências e refletir em conjunto sobre a formação técnica em saúde", explicou Marcela Pronko, vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da EPSJV e coordenadora do seminário.

O encontro aconteceu quatro anos após a realização da primeira edição deste seminário, promovido em 2008, e contou com a participação de autoridades responsáveis pelas políticas relativas à educação técnica em saúde, além de representantes dos países membros do Mercosul no Subgrupo de Trabalho 11 (SGT-11). "Esperamos que os resultados desse evento sirvam para a promoção do avanço e da estruturação dos serviços de saúde na América do Sul", declarou o diretor da EPSJV, Mauro Gomes, na cerimônia de abertura. Também estiveram presentes Nísia Trindade, vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Marcos Mandelli, consultor nacional permanente da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Miraci Mendes Astun, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Sgtes), e o pediatra e sanitarista Paulo Buss, coordenador-geral do Centro de Relações Internacionais da Fiocruz.

Durante os três dias do encontro, foram realizados debates, mesas temáticas e painéis, além de apresentações de trabalhos, elaborados de acordo com eixos ‘Formação e certificação dos trabalhadores técnicos’, ‘Regulação profissional dos trabalhadores técnicos’ e ‘Modelos formativos’. Ao fim do evento, foi elaborado o Segundo Documento de Manguinhos sobre a Formação de Trabalhadores Técnicos em Saúde no Mercosul, cujo propósito foi registrar as principais questões abordadas no seminário. "O objetivo do documento é fazer um balanço dos últimos quatro anos, verificar o que avançou e o que ficou parado, evidenciando a necessidade de superação dos obstáculos", observou Marcela Pronko, para quem o evento serviu ainda para apontar para as propostas de livre circulação de trabalhadores, “tomando como eixo de articulação as políticas nacionais e regionais de trabalho, educação e saúde".

Por Flávia Lima (Secretaria de Comunicação da RET-SUS)