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01/09/2011 Versão para impressãoEnviar por email

Seminário de Educação Profissional em Saúde acontece em Brasília

Com evento, SGTES reúne pela primeira vez instituições públicas que formam técnicos de nível médio em saúde para discutir ampliação de parcerias no Profaps

Com evento, SGTES reúne pela primeira vez instituições públicas que formam técnicos de nível médio em saúde para discutir ampliação de parcerias no Profaps

Encarado como primeiro passo para a consolidação de uma ampla parceria entre instituições públicas que formam técnicos na área da saúde, o Seminário de Educação Profissional Técnica de Nível Médio para a Saúde reuniu entre os dias 30 e 31 de agosto, em Brasília, cerca de 400 participantes. A proposta da organização do evento, a cargo da Coordenação de Ações Técnicas do Departamento de Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (Deges/SGTES/MS), foi convocar uma ampla gama de instituições para debater estratégias de aproximação entre escolas técnicas, representantes dos trabalhadores do Sistema Único e o Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para a Saúde (Profaps).

A abertura oficial contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que ressaltou a relevância que as políticas de formação de profissionais técnicos – como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que tramita no Congresso Nacional – ganharam na agenda de desenvolvimento econômico e social do país.

“Na época do debate sobre a expansão da Rede Federal, feita pelo governo Lula, uma das questões mais importantes era romper com o preconceito incutido por parte das elites e da academia e, ás vezes, assumido pelo conjunto da população, de que ter uma profissão significava ter título de nível superior. Esse país tinha um projeto para poucos apenas”, lembrou o ministro, acrescentando: “Quero dizer que esse seminário acontece em um momento em que nós vamos consolidando cada vez mais a dimensão do desafio do trabalho no campo da saúde e da formação de pessoas para o campo da saúde”.

Também na mesa de abertura, o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), Eliezer Pacheco, destacou a importância do momento atual para a área: “A educação profissional e tecnológica vive um momento sem precedentes na história do Brasil, que se deve à visão que o presidente Lula teve de colocá-la na pauta dentro de um projeto de nação que quer ser democrática, soberana e inclusiva”.

Gilson Cantarino, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), lembrou que, na área da saúde, o Profaps desafia mudanças nos estados no sentido de dar centralidade às Escolas Técnicas do SUS. “Vamos ter que fortalecer as ETSUS. Este seminário mostra a força que a gestão do trabalho e da educação vem ganhando nos últimos anos, a prioridade que está se dando à formação de nível técnico”.

Representando a Mesa Nacional de Negociação, Wellington Moreira Mello, afirmou que a formação é um tema constante nos debates por ela promovidos. “Entendemos a importância da formação na transformação tanto da saúde, quanto da sociedade. Também temos o compromisso e a responsabilidade com os profissionais de nível médio. Temos desafios para a liberação dos profissionais para fazer esses cursos de formação. A gente sabe que isso acontece e muitas vezes depois de dois três meses a liberação se torna reversível e não acontece mais”, apontou.

Parcerias

De acordo com a coordenadora-geral de Ações Técnicas do Deges, Clarice Aparecida Ferraz, hoje, o país conta com aproximadamente um milhão de trabalhadores em postos de trabalho de nível médio, a maioria, sem a devida qualificação e formação para exercer as funções que desempenham. Para reverter esse quadro, o Ministério da Saúde em seu planejamento estratégico 2011-2014 tem como meta a formação anual de 94,7 mil trabalhadores até o final do governo Dilma Rousseff.

“Com a presença de representantes de instituições de norte a sul do país, temos aqui a oportunidade de estabelecer parcerias que apontem perspectivas no sentido de dar capilaridade para a formação técnica no SUS, tendo como foco a defesa do ensino público e do Sistema Único de Saúde: duas pontes que precisam estar se apoiando e, juntas, construindo políticas de educação em saúde”, disse a coordenadora-geral, durante a abertura do evento.

Atualmente, as Escolas Técnicas do SUS são as únicas a formar no âmbito do Profaps. O programa, parte da Política de Educação Profissional do Ministério da Saúde, foi criado em 2009. De lá para cá, já foram investidos R$ 65 milhões para a formação nos cursos técnicos em Hemoterapia, Citopatologia, Vigilância em Saúde, Radiologia (formações prioritárias), Enfermagem, Prótese Dentária, Manutenção de Equipamentos, Patologia Clínica, e Saúde Bucal. Também são incentivadas a qualificação dos agentes comunitários de saúde e o aperfeiçoamento na área de Saúde do Idoso para trabalhadores de nível médio das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e de instituições de longa permanência.

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