Os alunos da Especialização em Comunicação e Saúde da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) participaram da aula Educação Permanente em Saúde: o papel da ESP-MG, ministrada pela diretora-geral da escola, Roseni Sena. No dia 7 de julho, na sede da escola, Roseni fez um resgate histórico da Educação permanente, que surge na Europa após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O objetivo do campo, segundo a diretora, era restaurar as instituições de ensino, ora devastadas pelos anos de conflito, e diminuir o analfabetismo que assolava os países europeus. “Achamos que esse conceito é novo, mas é bem antigo. Ele nasceu no campo da educação, mas com o passar do tempo foi aplicado à área da saúde”, esclareceu.

A diretora da ESP-MG revelou que a Educação Permanente começou a ser discutida pela Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco), de forma mais geral, na década de 1980. O tema, foco também de discussão na Organização Mundial da Saúde (OMS), foi trazido para a América Latina pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), tendo a Argentina e o Brasil como precursores em projetos de recursos humanos para a saúde. “Não tem como falar de educação permanente em saúde sem os conceitos de educação, que é um processo contínuo para aprimorar as práticas de trabalho por meio do compartilhamento de experiências de acordo com as necessidades pontuais”, ressaltou.

Letramento em saúde

Outra aula que mereceu destaque no contexto do curso foi a que tratou da comunicação e do letramento em saúde, conduzida pela docente e servidora da ESP-MG, Thais Lacerda. No dia 8 de julho, ela falou aos alunos da especialização sobre os impactos das informações sobre saúde nos usuários do SUS. Thais explicou que o letramento em saúde (do inglês health literacy) é um movimento que teve início nos Estados Unidos (EUA), próprio da sociedade da informação e da popularização das novas tecnologias da informação e comunicação. “Letramento em saúde é a capacidade das pessoas em buscar, compreender, avaliar e organizar informações em saúde a serem utilizadas na tomada de decisões diárias relacionada ao seu bem-estar. Já o usuário ‘expert’ é aquele que se interessa pelo tema saúde e muda a relação com o profissional de saúde”, explicou.

Os alunos seguem agora para a reta final do curso com aulas de metodologia científica e as orientações individuais para os trabalhos de conclusão do curso. A previsão de conclusão dos trabalhos é em dezembro deste ano.