A Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) iniciou, em abril, dez turmas do curso de Humanização da Atenção e Gestão em Saúde, para atender a 400 alunos dos núcleos de Lagoa Santa, Vespasiano, Ibirité e Sarzedo. Em fevereiro, já haviam sido abertas outras 16 turmas, em nove municípios, com o objetivo de atingir mil profissionais, desde gestores, médicos, enfermeiros a atendentes, porteiros e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

O curso é resultado do encontro de duas políticas do Ministério da Saúde: a Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS) e a de Educação Permanente em Saúde, ambas com a finalidade de garantir o cumprimento dos princípios que norteiam o SUS (universalidade, integralidade e eqüidade), através da transformação das práticas e do incentivo à participação ativa dos profissionais de saúde na gestão dos serviços.

As aulas foram divididas em uma fase teórica e outra prática, denominada dispersão, quando os alunos levam os assuntos discutidos em sala de aula para o serviço de saúde, agindo como multiplicadores da humanização no dia-a-dia. “Á medida em que participa da formulação e execução de cursos como o do HumanizaSUS, a Escola de Saúde Pública se insere na história do SUS, contribuindo para o desenvolvimento do sistema ao preencher lacunas que sua implementação pode ter deixado”, diz Denize Armond, a responsável pelo curso na ESP-MG. Segundo Noriene Sartori, coordenadora do curso no núcleo de Contagem, a capacitação vem trazendo resultados positivos, já sendo possível notar mudanças na postura dos participantes. “Eles têm mostrado visão mais ampla do funcionamento do SUS e do papel dos sujeitos envolvidos e maior disposição para melhorar a relação entre profissional e usuário”, afirma.