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05/05/2016 Versão para impressãoEnviar por email

Etesb lembra o Dia da Educação com análise sobre a formação técnica

Em alusão ao Dia da Educação, comemorado em 28 de abril, professores da Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb), integrante da RET-SUS, e da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) discorrem, no site da Etesb, sobre os avanços e as dificuldades da educação nos dois níveis de formação. A análise sobre a formação técnica coube à pedagoga e doutoranda em Educação, Anelice Batista, chefe do Núcleo de Orientação Educacional e docente da Escola Técnica. Ela defende que as transformações necessárias na educação do adulto e da criança se façam por meio da ação do professor. Para Anelice, a aprendizagem impulsiona o desenvolvimento. Aprender, aponta, é uma capacidade que está presente em todos os seres humanos". “Aprender na escola exige um cuidado diferenciado, um olhar mais cuidadoso. O professor exerce o papel fundamental de mediar a relação entre o sujeito e o conhecimento. A figura do professor como detentor do saber ensinando pessoas vazias é uma ilusão que cria barreiras à aprendizagem”, orienta, fazendo referência aos ensinamentos do educador Paulo Freire. “Ensinar exige reconhecer o outro na sua completude, valorizando os saberes que traz da jornada já percorrida e fazendo desses saberes a base para as novas conquistas. Ensinar é exercício de alteridade”, realça.

No texto, a professora lembra que a Etesb, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal e subordinada à Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), assume o papel de qualificação técnica dos profissionais de saúde do estado, além de oferecer formação inicial em diversas áreas da saúde. “Muitos cidadãos que chegam à escola em busca de qualificação técnica carregam histórias de escolarização deficitária ou estão afastados dos livros há muito tempo. Nos dois casos, existem lacunas de conhecimentos que se colocam como barreiras importantes para a aprendizagem de determinados conteúdos. Os professores necessitam, portanto, criar estratégias interventivas capazes de suprir essas lacunas, a fim de permitir que o aluno alcance êxito na sua formação”, escreve.

Anelice observa, com críticas, uma desvalorização da educação técnica no país. “Nós somos uma sociedade que valorizamos excessivamente o ensino superior, não valorizamos a educação infantil, que é o início do êxito e do fracasso e, também, não valorizamos a educação profissional, que faz parte da educação básica”, aponta, ressaltando o valor que tem o ensino técnico. “É por meio desse ensino que aumentamos a empregabilidade e melhoramos a vida das pessoas”, conclui.

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