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04/12/2014 Versão para impressãoEnviar por email

ETSUS Blumenau e EMS em ação pelo fim da violência contra as mulheres

Imbuída na campanha mundial 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra Mulher, realizada em mais de 150 países, no período de 25 de novembro a 10 de dezembro, a equipe da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (ETSUS) Blumenau iniciou debates sobre o tema nas turmas de cursos em andamento. Fruto dessa iniciativa, os alunos do curso Técnico em Saúde Bucal produziram um painel temático, lembrando, também, outras datas afins e próximas ao Dia Internacional de Não-Violência contra a Mulher, comemorado em 25/11, como o Dia Nacional da Consciência Negra (20/11), o Dia Mundial de Combate a Aids (1º/12) e o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12).

Na mesma direção seguiu a Escola Municipal de Saúde de São Paulo (EMS). Para marcar as celebrações do Dia Internacional de Não-Violência contra a Mulher e a campanha mundial, a EMS e a Área Técnica Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizaram, no auditório do Centro Universitário São Camilo, em 25/11, o seminário Direitos sexuais e reprodutivos e enfrentamento à violência contra mulheres nos serviços de saúde. O evento, cujo objetivo foi sensibilizar os trabalhadores sobre o tema, a fim de promover o acolhimento qualificado de vítimas de violência doméstica e sexual, nas próprias unidades básicas de saúde, contou com a participação de mais de 100 profissionais.

Violências do cotidiano

Foram discutidas diversas temáticas em torno do tema da campanha, com destaque para as políticas públicas de saúde da mulher, a violência de gênero, o atendimento a vítimas na rede municipal de saúde, os direitos reprodutivos e as violências presentes no cotidiano do atendimento. A médica Karina Barros Cálice Batista, coordenadora da Coordenadoria Regional Sudeste (CRS-Sudeste) da SMS, apresentou o mapeamento dos serviços que atendem pessoas em situação de violência sexual. Segundo ela, é necessário que os profissionais da saúde tenham um olhar mais apurado na hora do atendimento. “Muitas vezes o paciente chega aos serviços de saúde com inúmeras queixas, sem saber identificar ao certo o problema. Por isso, a sensibilidade do profissional é essencial, tendo em vista que se trata de uma intervenção social e que necessita também de políticas públicas específicas”, destacou. Coube a Jacqueline Isaac Brigagão, docente do curso de obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP) Leste, apresentar a palestra Os direitos reprodutivos e as violências presentes no cotidiano do atendimento. “Antes de se combater a violência no cotidiano dessas mulheres, é indispensável olhar para a violência presente nos próprios serviços de saúde, decorrente, muitas vezes, do despreparo dos profissionais”, observou.

O seminário deu início, ainda, ao projeto Capacitação em Direitos Sexuais e Reprodutivos e Violência de Gênero, para as equipes das unidades básicas da CRS-Sudeste, por iniciativa da SMS, por meio da EMS, e da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM) de São Paulo. Ana Lucia, médica obstetra e assessora da SMPM, e Ester Finguerut, diretora da Divisão de Educação da EMS, apresentaram o curso que é destinado aos profissionais de níveis básico, médio e superior. A capacitação foi estruturada em 68 horas e subdividida em seminários, oficinas e rodas de conversas. As atividades estão programadas para o início de 2015.

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