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08/12/2004 Versão para impressãoEnviar por email

II Seminário de Educação Profissional

Evento do Cefope, de Natal, discute qualidade na educação e conta com a presença de Gaudêncio Frigotto e José Ivo Pedrosa.

Como buscar qualidade na educação de nível médio em saúde? Para responder a essa pergunta o Centro Formador do Rio Grande do Norte promoveu, nos dias 1º e 2 de dezembro, a segunda edição do Seminário sobre Educação Profissional. O evento teve duas grandes conferências e diversas mesas-redondas com apresentação de experiências de pós-graduação para docentes, pesquisa, educação a distância e estratégias de ensino para uma aprendizagem significativa.

Gaudêncio Frigotto, professor da Universidade Federal Fluminense (RJ) e um dos mais importantes nomes da área de Educação, falou sobre “Trabalho, Conhecimento e Cultura como eixos estruturantes da educação profissional”. Ele fez um histórico das mudanças que trouxeram a perda de direitos fundamentais para a humanidade e destacou as desigualdades resultantes desse processo. “De um lado, temos avanço científico e tecnológico; do outro, concentração de renda”, disse. Ele fez críticas à pedagogia das competências e apontou como imprescindível a defesa da educação básica como um direito de todos. “Temos que produzir conhecimento empapado com o mundo da vida e com o mundo do trabalho”, resumiu, lembrando de Paulo Freire.

José Ivo Pedrosa, coordenador de ações populares do Deges/SGTES/MS, falou sobre educação popular  em saúde. Ele destacou a necessidade de se ouvir a população para que o sistema de saúde não seja pautado por uma única lógica instituída. “A educação popular deve ser trabalhada de modo a mobilizar as pessoas na direção da busca pelos seus direitos”, disse.

Nas mesas-redondas, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), o Cefor de Araraquara, a Unimontes e a ETSUS Blumenau apresentaram suas experiências com cursos de pós-graduação para os professores. A Escola de Saúde Pública de Minas Gerais apresentou o caminho que percorreu para desenvolver sua pesquisa de egressos, ainda sem resultados finais, e a Estação Observatório de Recursos Humanos que funciona na EPSJV, mostrou e discutiu alguns resultados do estudo “Trabalhadores Técnicos em Saúde: formação profissional e mercado de trabalho”. A edição impressa da pesquisa foi distribuída para todos os presentes. Para o debate de educação a distância, foram expostas as experiências do curso de facilitadores de educação permanente, do Ministério da Saúde; do Proformar, da EPSJV; e da Formação Pedagógica para Docentes da Educação Profissional, da EaD da ENSP e também do MS. Sobre estratégias para aprendizagem significativa, o público assistiu aos relatos de experiências da Escola de Saúde Pública do Ceará e de dois projetos específicos, um da EPSJV e outro do próprio Cefope.

Leia os resumos de algumas apresentações:

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